Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10609

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Wilson Pinheiro de Carvalho Filho
Orientador LEANDRO ABREU DA FONSECA
Outros membros Andrés Maurício Ortega Orozco, Fabricia Modolo Girardi da Fonseca, Joana Diniz da Silveira, Lorraine Rossi Signorelli Machado Dornelas
Título Hidronefrose secundária à urolitíase obstrutiva em caprino
Resumo A hidronefrose é uma afecção comum em animais domésticos que consiste na dilatação do sistema coletor renal. Pode ser congênita ou adquirida e pode ter como causa a obstrução parcial ou total do fluxo de urina, o que resulta no aumento da pressão contra o parênquima, levando a um quadro de insuficiência renal. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de hidronefrose secundária à urolitíase obstrutiva em caprino. Um caprino, macho, sem raça definida, de quatro meses, nove quilos foi atendido em uma propriedade rural na região de Cachoeiro de Itapemirim, ES com queixa de anúria há três dias e tenesmo por longos períodos, várias vezes ao dia. Relatou-se que o animal estava em desmame e também se alimentava de ração para vacas leiteiras. Apresentava normofagia e normodipsia, normoquesia, com bom aspecto corporal. Evidenciava mucosas normocoradas, desidratação <5%, TPC: 2 segundos, linfonodos não reativos, frequência cardíaca de 115 bpm, normotermia (39°C). Na palpação abdominal notou-se presença de aumento de volume e dor. Não foi possível a realização de ultrassonografia. Fez-se cistocentese e o animal sentiu maior conforto. No dia seguinte o proprietário solicitou atendimento, pois apresentava bexiga novamente cheia e abdômen dilatado. Fez-se novamente cistocentese. Foram feitas várias tentativas de passar sonda uretral para acessar a bexiga, no entanto a sonda não progrediu. Em função dos achados diagnosticou-se como urolitíase obstrutiva. Como não foi possível passagem da sonda, optou-se por uretrostomia perineal, onde foi afixada uma sonda. No dia seguinte a bexiga estava novamente repleta e abdômen dilatado. Fez-se uma laparostomia exploratória. O animal foi tranquilizado com cloridrato de xilazina (Rompun® - Bayer) na dosagem de 0,1 mg/kg de peso corporal, via intramuscular, contido em decúbito esterno abdominal, tricotomia e anti-sepsia com álcool-iodado no campo operatório e anestesia local infiltrativa com cloridrato de lidocaína a 2% com vasoconstrictor na região paramediana ventral do abdômen. Utilizou-se associação de cloridrato de tiletamina e zolazepan (Zoletil® 100) na dose de 3mg/kg de peso corporal, via intramuscular. Realizou-se uma incisão na região paramediana ventral de aproximadamente cinco centímetros. Após abertura da cavidade abdominal, observou-se a cavidade repleta de urina e ruptura da uretra. Uma considerável massa de fibrina cobria grande parte da cavidade abdominal. Ao acessar a bexiga foi encontrado urólitos de formatos e tamanhos variados, mas não superior a dois milímetros de diâmetro. O rim direito com lesões multifocais e dilatação da pelve e cálices que sugere desenvolvimento de quadro de hidronefrose, provocado pela pressão retrógrada da urina. Em virtude da detecção do comprometimento irreversível foi feita a eutanásia do animal, utilizando cloreto de potássio, com volume de 8ml (19,%), IV. Os urólitos foram identificados como cálculo misto de carbonato de cálcio com oxalato de cálcio.
Palavras-chave hidronefrose, urolitíase, caprino
Forma de apresentação..... Painel
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