Outros membros |
Ana Carolina Nunes Almeida, Cintia Pereira Donateli, Gabriela Castro Perdigao, Laylla Meireles de Souza, Maria Teperino Pinho, Mariana Menezes Chaves, Raissa Ketlen de Souza Rocha, Thuany Caroline Souza e Silva |
Resumo |
Com o aumento mundial na incidência de casos de HIV+ dentre jovens de 15 a 24 anos de idade, trabalhar, profilaticamente, a sexualidade dentre pré-adolescentes tem se configurado como uma importante estratégia de promoção de saúde e prevenção de agravos. Desta forma, a escolha da escola como locus preferencial para a realização de intervenções educacionais, com vistas à melhoria de indicadores de saúde e inserção da discussão coletiva sobre os riscos relacionados à temática como, gravidez na adolescência e sobre as doenças sexualmente transmissiveis, é desejável.Os profissionais de saúde, notadamente o enfermeiro, tem nas ações de educação em saúde o centro da sua prática profissional, e vem se destacando na elaboração e execução desses grupos. Este trabalho objetiva relatar as experiências de estudantes da disciplina NUT 365 - Planejamento e Gestão em Saúde em uma atividade de educação em saúde na Escola Pedro Gomide Filho do bairro Santa Clara em Viçosa/MG. A atividade educativa planejada aconteceu em horário protegido no dia 16 de maio de 2018, a fim de fazer com que os estudantes do 5º ano do ensino fundamental, com idade entre nove e onze anos, expusessem seus conhecimentos e dúvidas sobre o tema “sexualidade”. Para a realização dessa atividade foi requerida uma autorização da diretora da escola. O tema foi abordado de forma lúdica e com foco na responsabilidade e maturidade para o início da vida sexual. A atividade foi estruturada em dois momentos: 1) exposição das dúvidas dos escolares em um papel anonimizado; e 2) utilização dessas perguntas na realização de um jogo de bingo entre 2 grupos escolares previamente estabelecidos. Ao final, foram contados os pontos das 2 equipes e apresentada a equipe vencedora. Brindes foram distribuídos a todos os escolares independentemente do resultado do jogo. Durante o jogo, eles podiam discutir sobre as questões entre si e, após a resposta, as responsáveis pela atividade educativa, discutiam a pergunta de forma mais abrangente para que todos pudessem compreender e interpretar as informações. As dúvidas mais frequentes foram sobre o desenvolvimento do corpo humano, relações sexuais e gravidez. Ao final, foi evidenciada e enfatizada a importância da proximidade dos moradores do bairro com a Equipe e Unidade de Saúde da Família do bairro. A intervenção foi concebida de modo a tornar a atividade mais didática, dinâmica e participativa. Tal metodologia favoreceu a criação de um espaço de interação, compartilhamento e produção de conhecimento. À guisa de conclusão, a atividade educativa possibilitou uma discussão enriquecedora sobre sexualidade, onde escolares participaram aberta e ativamente expondo suas dúvidas, certezas e anseios. Por conseguinte, a atividade contribuiu para o rompimento do paradigma de que não se deve conversar sobre sexualidade nas escolas, espaço privilegiado para a discussão de temáticas necessárias para a formação de cidadãos. |