Resumo |
O mofo-branco é a principal doença do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) na safra de outono-inverno de Minas Gerais. O uso de fungicidas é a principal medida de controle, mas a resistência genética é uma ferramenta de manejo barata e sustentável no controle da doença. As linhagens de feijão disponibilizadas pelos programas de melhoramento da Embrapa Arroz e Feijão, da Universidade Federal de Viçosa e da Universidade Federal de Lavras são avaliadas em Minas Gerais nos ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU). Com base nos resultados desses ensaios são feitos lançamentos de cultivares em Minas Gerais. Nosso objetivo neste estudo foi selecionar linhagens/cultivares (genótipos) com resistência parcial ao mofo-branco dos VCUs com o tipo carioca. Para isso, foram conduzidos ensaios em Coimbra, Viçosa e Oratórios no outono-inverno de 2017, com irrigação por aspersão convencional. Foram avaliados 21 genótipos no delineamento em blocos ao acaso, com três repetições. A pressão do MB foi moderada em Viçosa, moderada/alta em Oratórios e alta em Coimbra, com médias de intensidade de MB (varia de 1 a 9) de 4,3, 5,3 e 6,2, respectivamente. A correlação de Spearman entre produtividade e intensidade de mofo-branco foi não significativa em Viçosa e muito altamente significativa em Oratórios (r = -0,62) e Coimbra (r = -0,48). Intensidade de mofo-branco e acamamento correlacionaram-se (p < 0,001) em Viçosa (r = 0,69), Oratórios (r = 0,53) e Coimbra (r = 0,69). Os genótipos VC 37 e o CNFCMG 246D ficaram no grupo dos mais produtivos nos três ensaios. Em Coimbra, onde a pressão de MB foi mais alta, além da linhagem CNFCMG 246D ficaram no grupo dos genótipos mais produtivos e dos com menos sintomas de mofo-branco o CNFCMG 198D, o RCPVIII-1, o BRSMG Unaí e o VC 35. Esses cinco genótipos também ficaram no grupo dos que menos acamaram em Coimbra. Foram selecionados para participar dos ensaios avançados (denominado VCU-mofo-branco) as linhagens VC 35, VC 37, CNFCMG 246D, CNFCMG 198D e RCPVIII-1. |