Resumo |
No âmbito da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Viçosa - ITCP-UFV, a equipe "Reciclagem Popular" vem apoiando e assessorando a Associação dos Trabalhadores da Usina de Triagem e Reciclagem de Viçosa (ACAMARE) e Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Viçosa (ACAT). Os empreendimentos são compostos em sua maioria por mulheres, negras, de baixa renda que buscam na reciclagem o acesso ao trabalho e a renda. A equipe da ITCP-UFV, nesse sentido, realiza o trabalho de extensão buscando apoiar os empreendimentos para sua organização, o acesso às políticas públicas, como o programa Bolsa Reciclagem, e também a contratação e reconhecimento de seu trabalho por parte do Município de Viçosa. Junto a Acamare o foco principal das atividades de extensão é a gestão administrativa e financeira. Semanalmente, são realizados encontros entre a equipe da ITCP-UFV e as representantes da diretoria da Associação que duram em torno de duas horas e meia, em temas financeiros e jurídicos de controle de produção, prestação de contas, acertos financeiros, entre outros. Podemos observar a dificuldade das catadoras em buscar seus direitos por se acharem incapazes, pelo baixo grau de escolaridade e a dificuldade do acesso a tecnologias que usamos na formação. Já com a ACAT, as atividades são direciodas à organização do empreedimento e também acontecem regularmente. A formação envolve as perspectivas sobre associativismo na busca pelo o entendimento e do pertecimento dos trabalhadores e trabalhadoras nos processos autogestionários. Se analisarmos as ações desenvolvidas com as duas associações, podemos perceber alguns avanços em especial nos debates públicos sobre tema da reciclagem popular. As/os catadoras/es participam do Fórum Municipal Lixo e Cidadania em que uma das pautas principais é a contratação das Associações para participarem da Coleta Seletiva. Os fóruns e reuniões reúnem representantes de diversos órgãos executivos e legislativos de Viçosa, assim como a defensoria pública e o Ministério Público Estadual. Podemos concluir que com o apoio, formação e incentivo, é possível contribuir para o processo de melhoria da qualidade de vida e inclusão social desses trabalhadores e trabalhadoras. |