Resumo |
Davilla elliptica é uma planta medicinal, endêmica do bioma Cerrado, de porte arbustivo e com folhas ásperas e por isso é conhecida, entre outras denominações, pelo nome de lixinha. As folhas e raízes são utilizadas na forma de infusão para o tratamento de úlceras gástricas, diarréias e ferimentos, além do uso como diurético. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da infusão da folha de D. elliptica (INFDE) no status oxidativo do rim de camundongos machos Swiss adultos. Todos os procedimentos experimentais foram autorizados pela comissão de ética no uso animal da Universidade Federal de Viçosa (CEUA-UFV protocolo nº 40/2015). Vinte e quatro camundongos Swiss machos, com oitenta e dois dias de idade, foram distribuídos em quatro grupos experimentais (n=6): G1- água destilada (0,6mL/dia); G2- INFDE 100mg/Kg; G3- INFDE 200mg/Kg; G4- INFDE 400mg/Kg. Para a obtenção dessas dosagens, as folhas de D. elliptica foram secas em estufa (60ºC) e pulverizadas em moinho de faca, colocadas sob infusão em água fervente, e em seguida esse material foi filtrado e liofilizado. O tratamento foi administrado por gavagem durante 42 dias consecutivos. Após 24 horas da última gavagem, os animais foram submetidos à eutanásia, sendo o rim direito removido, pesado em balança analítica e congelado. Foram mensuradas as atividades das enzimas antioxidantes: catalase (CAT), glutationa S-transferase (GST) e superóxido dismutase (SOD), e a concentração de óxido nítrico (ON) e malondialdeído (MDA). Os resultados foram analisados por ANOVA seguida pelo teste de Newman Keuls (p≤0.05). A atividade de SOD reduziu 24%, 38% e 27% nos grupos G2, G3 e G4, respectivamente. Também foi observado redução de 50% e 51% na concentração de MDA nos grupos G3 e G4, respectivamente. Os níveis de CAT, GST e ON não foram alterados com o tratamento. Diante disso, conclui-se que D. elliptica é capaz de reduzir a peroxidação lipídica por atuar como um composto antioxidante nos rins de camundongos Swiss machos adultos. |