Resumo |
A diversidade arbórea em propriedades familiares pode ser conhecida e determinada de maneira direta e objetiva quando se quantificam os indivíduos ou comunidades vegetais ali presentes. O objetivo do trabalho foi quantificar a riqueza de espécies em áreas de preservação nessas propriedades. A pesquisa foi realizada na microrregião de Viçosa, pertencente à região Norte da Zona da Mata de Minas Gerais, em propriedades de cafeicultores familiares. Para a coleta de dados demarcou-se parcelas de 1000 m2 em propriedades localizadas em 05 municípios a saber, Coimbra, Cajuri, Canaã, São Miguel do Anta e Ervália. Os indivíduos vegetais foram identificados e contados. Os dados foram avaliados por parâmetros fitossociológicos: frequência absoluta, frequência relativa; dominância absoluta, dominância relativa, Índice de Simpson (Ds), Índice de Shannon (H’), Equabilidade de Pielou, Índice de Morisita e Diversidade Alfa. Os dados foram analisados no programa Fitopac V2.0. A avaliação do conjunto de dados revelou frequência total de indivíduos e famílias em 3.140 e 1.820 respectivamente na amostragem em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual. Foi encontrada elevada diversidade de espécies em que o valor de 3,85 de Shannon-Wiener é consonante aos valores do Índice de Simpson em 0,041. O Ds demonstra que não há dominância de uma única espécie e, se atribuindo pesos similares à espécies raras e abundantes, a diversidade média das áreas amostradas pode ser tratada como elevada. Para os valores totais médios observou-se um total de 663 indivíduos, 112 espécies distribuídos em 41 famílias botânicas. O índice de Equabilidade de Pielou demonstrou que a distribuição média de indivíduos tende à máxima, ou seja, há uma distribuição de indivíduos altamente equitativa entre as espécies. Assim, as áreas avaliadas podem ser consideradas como ricas em espécies e alta diversidade florística. As propriedades revelaram altos níveis de diversidade e consideráveis valores de riqueza descritos pelo Índice se Shannon Wiener, os valores do número de espécies e famílias. Mesmo em face de manejo de cultivos agrícolas a pleno sol as propriedades familiares possuem diversificação florística e, portanto, contribuem para a sustentabilidade. |