Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10557

ISSN 2237-9045
Instituição Faculdade de Ciências e Tecnologia de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Paula Cornélio da Costa
Orientador Nelimar Ribeiro de Castro
Outros membros ANDREIA QUEIROZ RIBEIRO, LUCAS VILAS BOAS MAGALHAES
Título Transtorno da insônia crônica: prevalência e tratamento em um grupo de idosos de Viçosa
Resumo As desordens do sono são comuns em todas as faixas etárias, especialmente em idosos, com destaque para a insônia. O transtorno da insônia crônica é caracterizado pela dificuldade em iniciar o sono e / ou manter o sono e/ou pelo despertar precoce, trazendo significativo prejuízo diurno, e excluindo outras desordens, como a privação de sono. Esse transtorno pode afetar até 50% dos adultos acima de 65 anos, prejudicando muito a qualidade de vida destas pessoas. É importante a avaliação e diagnóstico corretos dos pacientes com queixa de insônia, para evitar medicamentos desnecessários e potencialmente nocivos, e para direcionar o paciente para o tratamento adequado.
A Terapia Cognitivo Comportamental se apresenta como uma alternativa de tratamento não medicamentoso para a insônia crônica. Pode ser utilizada tanto isolada, como também, em casos mais graves, associada à terapia farmacológica. As terapias comportamentais se mostram mais vantajosas em relação as terapias farmacológicas por não apresentarem o aspecto negativo relacionado aos efeitos colaterais dos medicamentos. Sua eficácia é semelhante ao tratamento medicamentoso, mas este tem a vantagem de induzir a uma melhora mais rápida. No entanto, quando se trata da manutenção da melhora, a terapia comportamental se mostra superior.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de insônia entre idosos participantes de atividades no Programa Municipal da Terceira Idade e formas de tratamento. Foi aplicada a Escala do Sono de Pittisburgh em 55 idosos selecionados de forma aleatória entre os meses de abril e maio de 2018. Destes, 47 eram mulheres com idade entre 60 a 87 anos.
Dos 55 idosos, 10 apresentaram qualidade boa do sono, sendo que 02 destes, fazem uso de medicamento para dormir. Dos 45 idosos restantes, 17 apresentaram suspeitas relacionadas a apnéia do sono, dos quais 9 fazem uso de medicamento para dormir. 28 idosos dos 45, apresentaram critérios para o transtorno do sono de insônia crônica, dos quais,16 fazem uso de medicamento para tratar o problema.
Observou-se que a presença do transtorno da insônia crônica é comum, e 50,9% do grupo de idosos participantes da pesquisa apresentaram critérios para este transtorno. Nenhum deles fazem o tratamento de primeira escolha, a Terapia Cognitivo Comportamental. Mesmo com o uso de medicamento para tratar o problema, foi constatado que a qualidade do sono destes idosos é ruim. Há um uso de medicamentos muitas vezes desnecessário, e em alguns casos podendo ser nocivos à saúde destes idosos, como nos casos suspeitos de apnéia, onde os sintomas deste transtorno se confundem com os sintomas do transtorno da insônia crônica, e o uso de medicamento para dormir em casos de apnéia, é contraindicado. Desta forma um trabalho voltado para psicoeducação e preventivo poderá ser desenvolvido no programa da terceira idade.
Palavras-chave Insônia, prevalência, tratamento.
Forma de apresentação..... Oral
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