Resumo |
O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é um dos mais importantes constituintes da dieta do brasileiro, por ser uma excelente fonte de proteínas, além de ser rico em ferro e possuir alto conteúdo de carboidratos. Cultivado por pequenos e grandes produtores, o feijoeiro comum reveste-se de grande importância econômica e social. Um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores é o crestamento bacteriano comum (CBC), causado por Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Dentre os principais métodos de controle dessa doença tem-se o uso de cultivares resistentes, pois as plantas possuem mecanismos de resistência aos patógenos. Foram realizados estudos prévios onde classificou-se duas cultivares altamente resistentes e duas altamente suscetíveis. Devido que a penetração de bactérias causadoras de manchas foliares acontece principalmente pelos estômatos, objetivou-se fazer uma análise da densidade estomáticas de cultivares resistentes e suscetíveis ao CBC para determinar se a densidade de estômatos poderia estar relacionada com a resistência ao patógeno. Foram utilizadas as cultivares altamente resistentes IAPAR 16, BRS Radiante e as altamente suscetíveis Carioca MG e IAPAR 81. Seis repetições foram utilizadas por cultivar. Duas folhas de cada planta foram coletadas, nas quais retirou-se duas amostras de impressão da parte abaxial da folha. Na coleta dessa amostra utilizou-se esmalte incolor (a base de acetato de celulose). Essas amostras foram analisadas em microscópio de luz sob objetiva de 40 x, onde capturou-se as fotos e realizou-se a contagem de estômatos. Após a contagem de estômatos por amostra aplicou-se a fórmula D = n° de estômatos/0,272902 mm², e obteve-se a densidade estomática de cada cultivar. Os dados foram transformados e submetidos a ANOVA. Houve diferença significativa entre a densidade estomática das cultivares avaliadas. As médias de densidade estomática das cultivares IAPAR 16, BRS Radiante e Carioca MG não se diferiram estatisticamente quando comparadas no teste Scott-Knott. Ao contrário, a cultivar IAPAR 81 apresentou uma densidade estomática menor que as demais apesar de ser suscetível, demonstrando que a resistência dessas cultivares ao CBC não possui relação direta com a densidade estomática. |