Resumo |
Um dos fertilizantes nitrogenados sólidos mais utilizados na agricultura Brasileira é a ureia. Isso se dá em função do seu menor custo de produção e as diversas vantagens de sua aplicação, tais como solubilidade em água, a alta concentração de nitrogênio por unidade de ureia, compatibilidade com outros fertilizantes e menor corrosividade. Mas existe uma desvantagem, pois ao aplica-la no solo, grande parte do nitrogênio é perdida, devido a ação da enzima urease. Essa enzima catalisa a hidrólise da ureia, levando a formação de dióxido de carbono e amônia, que volatizam. Isso impede que parte do nitrogênio seja absorvido pelas plantas e, além disso, a liberação de dióxido de carbono é outro problema, pois este é um gás que está associado ao aquecimento global. De forma a contornar as perdas de nitrogênio pela volatilização da amônia e a liberação do CO2, uma solução é o uso de inibidores da enzima urease. Eles contribuem para redução/inibição da atividade da enzima, e consequentemente diminui a velocidade da hidrólise da ureia. Já existem diversos inibidores da atividade dessa enzima no mercado, mas nenhum oriundo de tecnologia nacional, o que tem nos colocado dependentes do mercado externo. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo principal o desenvolvimento de novas moléculas como potencias inibidores da enzima urease. A classe de moléculas objetivo deste trabalho são as aldiminas, que foram sintetizadas a partir da tiocarbazida, diferentes aldeídos aromáricos e ácido acético como catalisador. A metodologia empregada utilizou etanol e água (4:5) como solventes, e o sistema reacional foi mantido sob refluxo por três horas. Após esse período a mistura foi filtrada a vácuo, e quando necessário o produto foi purificado por recristalização. Foram sintetizadas quatorze aldiminas, com rendimentos variando de 21 – 88 %. Os compostos foram identificados e caracterizados por Espectrometria de Massas, Espectroscopia no Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C. |