Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10518

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Solos
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Robson Dias de Freitas
Orientador LEONARDUS VERGUTZ
Outros membros Laís Quintão Castro, RENILDES LUCIO FERREIRA FONTES, Thaís Lopes Leal Cambraia
Título Aumento do teor de Zn nos grãos de feijão pela adubação com Zn
Resumo A biofortificação agronômica visa aumentar o teor de nutrientes, como o Zn, em grãos ou outras partes da planta, pelo manejo da adubação via solo ou foliar, afim de aumentar a qualidade nutricional do alimento. O objetivo do trabalho foi aumentar o teor de Zn no grão de feijão, em campo, pelo manejo da adubação. Foi conduzido um experimento em campo na estação experimental de Coimbra, Minas Gerais, da Universidade Federal de Viçosa. Antes do plantio o solo foi preparado de forma convencional (uma aração e duas gradagens) e foi adubado com N, P, K (04-14-08) e 3 kg ha-1 de Zn. Os tratamentos foram: 5 doses de Zn foliar (0, 5, 10, 20 ou 40 kg/ ha) aplicados na folhagem no estádio R8 de desenvolvimento do feijoeiro. Aplicação dos tratamentos foi realizada em uma parcela de 8m² com 3 linhas de bordadura. O delineamento foi em blocos casualizados, com seis repetições. O experimento durou 124 dias, de abril a junho de 2017, quando a temperatura média no local foi de 19 °C e a irrigação foi realizada via aspersão diariamente afim de manter o solo na capacidade de campo. A fonte de Zn utilizada foi ZnSO4.7H2O. A aplicação da solução de Zn na folhagem, foi realizada com pulverizador costal, bico tipo leque. Foi estimada antes da aplicação foliar, a quantidade de solução necessária para molhar a parcela experimental com água. Assim, o volume de solução necessário para molhar as plantas na parcela experimental foi de 1 L. Foram avaliados: produtividade e teor de Zn no grão de feijão (TZnG). A produtividade foi estimada com grãos com 12% de umidade. Para a análise do TZnG, os grãos foram secos em estufa a 65 °C com circulação forçada de ar até massa constante e, em seguida, moídos em moinho tipo Willey com peneira de 20 mesh. As amostras de grãos moídos foram submetidas à digestão nitroperclórica e, em seguida, determinaram-se os teores de Zn nos grãos por espectrometria de absorção atômica. Mesmo com o aumento das doses de Zn aplicadas via foliar, a produtividade de feijão não alterou, ficou em média 1258,14 kg/ha. Isso é importante porque, pressupõe que as doses de Zn, mesmo altas, não gerou toxidez nas plantas. Já o TZnG quanto maior a dose de Zn, maior foi o acréscimo no teor de Zn nos grãos. Resultado que corrobora com outros trabalhos realizados com feijão em casa de vegetação, onde as condições de cultivo são mais controladas pelo pesquisador. O aumento de Zn nos grãos em função das doses aplicadas, teve estatisticamente, um efeito quadrático, assim, o máximo teor de Zn, 52,43 mg/ kg, foi obtido na dose de 40,4 kg/ ha de Zn. Conclui-se que é possível aumentar teor de Zn nos grãos de feijão, em campo, manejando a adubação no solo e foliar, e assim produzir um alimento mais saudável.
Palavras-chave Biofortificação agronômica, adubação com zinco, teor de zinco no grão
Forma de apresentação..... Oral
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