Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10505

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Hingrid Aparecida Silva
Orientador CIRO ALEXANDRE ALVES TORRES
Outros membros Domingos Lollobrigida de Souza Netto, Haroldo Mendonça Júnior, Hugo Zarantonelli Marques, Kássia Shyrleida da Silva Jacob, Layla Cristien de Cássia Miranda Dias, Rayssa Campos Salles Costa e Silva, RENATA VERONEZE
Título Resistência a antimicrobianos na suinocultura
Resumo A suinocultura brasileira, nos últimos trinta anos, passou a ser estritamente intensiva, principalmente na produção em larga escala. Esse modo produtivo, fez com que a pressão de infecção e a facilidade de propagação de patógenos fizesse com que o desafio sanitário para os animais fosse cada vez maior. Com objetivo de manter a produtividade dos animais o uso de antimicrobianos se tornou uma ferramenta fundamental, na prevenção, na forma de baixas concentrações para melhora da produtividade (promotores de crescimento) ou para tratamentos. O uso desses antimicrobianos no entanto, deve ser criterioso e realizado de maneiro adequada, pois seu uso indiscriminado pode levar a resíduos nas carcaças abatidas e gerar resistência microbiana. No inicio do ano de 2018, numa granja produtora de suínos de ciclo completo, no Município de Viçosa, foi observado a ocorrência de diarreias em leitegadas presentes na maternidade e creche, se tornando essa patologia constante. Como muitos trabalhos na literatura trazem que diarreias nesse período são causadas principalmente por bactérias gram-negativas, foi protocolado na respectiva granja que animais com sinal clínico de diarreia seriam tratados com enrofloxacina, um antibiótico da família das quinolonas de terceira geração que possuem amplo espectro contra bactérias gram-positivas e principalmente gram-negativas. As leitegadas que apresentaram animais com sinais clínicos, utilizou-se o tratamento metafilática com produto comercial a base de enrofloxacina, por via intramuscular. Após a aplicação, não foi observado pelos funcionários melhora clínica dos animais, persistindo a diarreia. O médico veterinário responsável foi chamado para auxílio na questão, sendo solicitado o antibiograma de difusão em ágar para fezes de animais com diarreia em diferentes bases farmacológicas. O teste confirmou a suspeita: diante de uma microbiota predominante de bastonetes gram-negativos ficou evidente através do alo de crescimento bacteriano no ágar, a resistência para Ciprofloxacina, Norfloxacina e Enrofloxacina, ambos com alos de crescimento em torno de 6 milímetros e todas pertencentes a classe das quinolonas. Outras classes, como Beta-lactâmicos, polimixinas, macrolídeos e tetraciclinas se mostraram no exame como eficientes no controle do crescimento das colônias bacterianas. A falha na identificação das diarreias, bem como no registro do uso do antimicrobiano, além da pressão de seleção devido ao uso constante dessa classe podem ser sido fundamentais para o desenvolvimento da resistência microbiana da granja em questão a quinolonas de terceira geração. Um trabalho de conscientização vem sendo realizado, principalmente com os funcionários do setor, para compreensão da importância de se seguir as dosagens prescritas pelo médico veterinário, bem como o uso de outras bases, que se mostraram sensíveis no antibiograma, estão sendo utilizadas de maneira criteriosos e prudente, para controle de possíveis casos de diarreia em leitões.
Palavras-chave suíno, antibióticos, diarreia
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,67 segundos.