Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10478

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Solos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Taynara Carolyna Mendes Cora
Orientador MARCIO ROCHA FRANCELINO
Outros membros Adalgisa de Jesus Pereira, Felipe Carvalho Santana, Gustavo Vieira Veloso
Título Avaliação de parâmetros de qualidade da água na bacia do rio Doce afetada por rejeito de mineração
Resumo A mineração é uma das atividades antrópicas mais poluentes e de maior risco a contaminação de cursos d'água no Brasil. Com o rompimento da Barragem no dia 05/11/2015 ocorreu o vazamento de rejeitos de mineração de ferro, afetando a qualidade da água dos rios a jusante, ocasionando um aumento significativo na cor, turbidez e Sólidos Suspensos Totais (SST) nas suas águas. A cor da água interfere na medida de turbidez devido à sua propriedade de absorver luz. Além disso, a turbidez é promovida pelo material em suspensão, o qual provoca a reflexão da radiação, dificultando a passagem dos raios solares pela água, o que reduz o processo de fotossíntese e reduz consequentemente o teor de oxigênio dissolvido na água. O objetivo deste trabalho foi avaliar a turbidez, cor e Sólidos Suspensos Totais (SST) da água, principalmente do rio Gualaxo do Norte, primeiro rio a ser atingido pela pluma de rejeitos. Foram realizadas coletas de amostras de água nesse rio dois anos após o rompimento da barragem. As amostras foram coletadas em campo com auxílio de amostrador específico, posteriormente, foram armazenadas em frascos, e mantidas em refrigeração até a análise. Em laboratório foram determinadas turbidez, cor utilizando os equipamentos: 2100AN Turbidimeter-Hach (unidade: NTU) e Aqua Color Cor-Policontrol (unidade: mg/L de pt), respectivamente, e as análises de Sólidos Suspensos Totais (SST) foram realizadas em laboratório pelo método gravimétrico (unidade: mg/L). Foi realizada estatística descritiva dos dados de modo a avaliar como a distribuição espacial dos pontos em relação ao local do rompimento afeta os valores finais de cor, SST e turbidez. O modelo aplicado a cor e turbidez explica bem o comportamento dos dados (R2= 0,93163, F= 844,934; p>0,001), a medida em que a turbidez aumenta quando ocorre chuva na região, a cor também é afetada pela mesma. A correlação entre cor e turbidez é também estatisticamente significativa (R2= 0,7497; F= 185,732; p>0,001). A análise de regressão para a cor se mostrou estatisticamente influenciada pelo fator SST (R2= 0,673661; F= 127,986; p<0,001). Foi possível correlacionar os dados de turbidez, cor e SST. Assim, foram gerados gráficos através do box plot para avaliar a distribuição dos dados ao longo dos períodos secos e úmidos. Os pontos analisados foram: 3, 4, 5, 9, 10, 11, 12 e 13. O ponto 3 que estava a jusante da barragem apresentou uma variabilidade menor na turbidez em relação ao ponto 13, que estava a montante da barragem no período seco. Já no período úmido o ponto 3 apresentou um número maior na turbidez do que o ponto 13. O mesmo ocorreu com a cor. Para o SST no período seco o ponto 3 e 13 apresentaram valores próximo e no período úmido o ponto 3 apresentou uma variação maior. O ponto 9 que está entre a jusante e a montante, teve a turbidez e cor maior no período seco, já no período úmido, apresentou um número maior no SST.
Palavras-chave Turbidez, Sólidos Suspensos Totais, Cor
Forma de apresentação..... Painel
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