Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10464

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maristela Vieira de Souza Clavery
Orientador JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO
Outros membros Aline de Oliveira Ferreira, Andressa Brito Damaceno, Arthur Neves Passos, MARCEL FERREIRA BASTOS AVANZA, Nathalia dos Santos Rosse, Rachel de Andrade Tavares
Título Diarreia crônica em potro – relato de caso
Resumo Segundo Reed et al. (2004, p. 156-161)
Diarreia é definida como um aumento na frequência, fluidez e volume das fezes que acomete comumente equinos e pode ser fatal. Ocorre como uma doença primária do trato gastrointestinal ou secundária a outra doença como sepse, endotoxemia ou hepatopatia. A função do trato gastrointestinal é complexa e envolve a manutenção hidrolítica, a digestão e a absorção de nutrientes. Portanto, a diarreia pode causar perdas significativas hidroeletroliticas e desbalanço ácido base. Apesar disso, equinos que apresentam diarreia crônica raramente apresentam desidratação intensa ou anormalidades eletrolíticas pois compensam pelo aumento de perdas fecais. A inflamação intestinal é parte importante na patogênese da diarreia e os mecanismos envolvidos são: má absorção, aumento na secreção de solutos e água, alteração na motilidade, overload osmótico e aumento na pressão hidráulica do sangue para o lúmen. O histórico animal e exame físico são de grande importância assim como estabelecer se a diarreia é aguda ou crônica. Ao exame físico deve-se atentar para escore corporal, presença de edema abdominal, febre, desidratação, sinais de endotoxemia e avaliação abdominal - distensão, ausculta, palpação em adultos e balotamento em potros. Associar ao exame físico, sempre que possível, exames laboratoriais e diagnóstico por imagem para auxílio diagnóstico, acessar a intensidade do caso e direcionamento do tratamento.
No dia 05 de junho de 2018, foi admitido no Hospital Veterinário do Departamento de Veterinária da UFV, um potro, Mangalarga Marchador, 5 meses de idade e 128 kg com queixa de diarreia recorrente desde o 1° mês de vida. O paciente foi tratado na propriedade em três ocasiões diferentes porém sem sucesso. O potro foi desmamado 20 dias antes do atendimento e, ao exame físico, apresentou apatia, baixo escore corporal e fezes líquidas. Além disso, aumento na frequência cardíaca e respiratória, desidratação de 7%, hipermotilidade intestinal e mucosas hipocoradas. Baseado no resultado clínico-laboratorial, constatou-se um quadro de diarreia crônica e babesiose. Como tratamento de escolha foram administrados: babesicida (IM, dose única), antibacteriano (IV, BID, 8 dias), antiinflamatório (IV, SID, 5 dias), protetor gástrico (VO, SID, 11 dias), probiótico (VO, 48/48h, 4 doses), hidratação enteral (HET) e protetor de mucosa intestinal. Foram realizados seis dias de HET, por sonda nasogástrica, totalizando 34.5 litros. Ao final de cada HET, foi administrado um protetor de mucosa intestinal. A HET continha em sua composição sódio, potássio, cloreto, dextrose e aminoácido. O paciente recebeu alta, recuperado, após 13 dias de internamento. Conclui-se que o tratamento apropriado, a correção ácido base e hidroeletrolítica, o fornecimento de alimento e água de qualidade e manejo adequado são de suma importância para a recuperação do paciente com diarreia crônica.
Palavras-chave equino, trato gastrointestinal, má absorção
Forma de apresentação..... Oral
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