ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Pós-graduação |
Modalidade | Extensão |
Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática | Ciências Biológicas |
Setor | Departamento de Veterinária |
Bolsa | Outros |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Maristela Vieira de Souza Clavery |
Orientador | JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO |
Outros membros | Aline de Oliveira Ferreira, Andressa Brito Damaceno, Arthur Neves Passos, MARCEL FERREIRA BASTOS AVANZA, Nathalia dos Santos Rosse, Rachel de Andrade Tavares |
Título | Diarreia crônica em potro – relato de caso |
Resumo | Segundo Reed et al. (2004, p. 156-161) Diarreia é definida como um aumento na frequência, fluidez e volume das fezes que acomete comumente equinos e pode ser fatal. Ocorre como uma doença primária do trato gastrointestinal ou secundária a outra doença como sepse, endotoxemia ou hepatopatia. A função do trato gastrointestinal é complexa e envolve a manutenção hidrolítica, a digestão e a absorção de nutrientes. Portanto, a diarreia pode causar perdas significativas hidroeletroliticas e desbalanço ácido base. Apesar disso, equinos que apresentam diarreia crônica raramente apresentam desidratação intensa ou anormalidades eletrolíticas pois compensam pelo aumento de perdas fecais. A inflamação intestinal é parte importante na patogênese da diarreia e os mecanismos envolvidos são: má absorção, aumento na secreção de solutos e água, alteração na motilidade, overload osmótico e aumento na pressão hidráulica do sangue para o lúmen. O histórico animal e exame físico são de grande importância assim como estabelecer se a diarreia é aguda ou crônica. Ao exame físico deve-se atentar para escore corporal, presença de edema abdominal, febre, desidratação, sinais de endotoxemia e avaliação abdominal - distensão, ausculta, palpação em adultos e balotamento em potros. Associar ao exame físico, sempre que possível, exames laboratoriais e diagnóstico por imagem para auxílio diagnóstico, acessar a intensidade do caso e direcionamento do tratamento. No dia 05 de junho de 2018, foi admitido no Hospital Veterinário do Departamento de Veterinária da UFV, um potro, Mangalarga Marchador, 5 meses de idade e 128 kg com queixa de diarreia recorrente desde o 1° mês de vida. O paciente foi tratado na propriedade em três ocasiões diferentes porém sem sucesso. O potro foi desmamado 20 dias antes do atendimento e, ao exame físico, apresentou apatia, baixo escore corporal e fezes líquidas. Além disso, aumento na frequência cardíaca e respiratória, desidratação de 7%, hipermotilidade intestinal e mucosas hipocoradas. Baseado no resultado clínico-laboratorial, constatou-se um quadro de diarreia crônica e babesiose. Como tratamento de escolha foram administrados: babesicida (IM, dose única), antibacteriano (IV, BID, 8 dias), antiinflamatório (IV, SID, 5 dias), protetor gástrico (VO, SID, 11 dias), probiótico (VO, 48/48h, 4 doses), hidratação enteral (HET) e protetor de mucosa intestinal. Foram realizados seis dias de HET, por sonda nasogástrica, totalizando 34.5 litros. Ao final de cada HET, foi administrado um protetor de mucosa intestinal. A HET continha em sua composição sódio, potássio, cloreto, dextrose e aminoácido. O paciente recebeu alta, recuperado, após 13 dias de internamento. Conclui-se que o tratamento apropriado, a correção ácido base e hidroeletrolítica, o fornecimento de alimento e água de qualidade e manejo adequado são de suma importância para a recuperação do paciente com diarreia crônica. |
Palavras-chave | equino, trato gastrointestinal, má absorção |
Forma de apresentação..... | Oral |