Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10453

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Lutecia Rigueira Medina
Orientador WEYDER CRISTIANO SANTANA
Outros membros LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA
Título Diferenças entre o alimento larval de Melipona quadrifasciata (Apidae, Meliponini) a geleia real de Apis mellifera (Apidae, Apini)
Resumo Os Meliponini são abelhas silvestres eussociais com distribuição Pantropical e de importante papel ecológico nos ecossistemas terrestres. As abelhas sem ferrão apresentam componentes do alimento fornecido as larvas de composição diferente em relação a Apis mellifera L. O alimento larval (AL) de Melipona quadrisfaciata Lepetelier e a geleia real (GR) de A. mellifera foram coletados de células dos favos de cria em cinco (5) colônias naturais de cada espécie mantidas no Apiário Central do Departamento de Entomologia da UFV. Foi realizada a criação de 23 larvas de M. quadrifasciata com o AL em misturas de 0%, 10%, 50% e 100% com GR. Verificou-se que as misturas de 0% e 10% de GR apresentaram uma taxa de sobrevivência de larvas de 62,5%; em 50% de GR ocorreu uma taxa de sobrevivência de 43%; e com 100% de GR de A. mellifera obteve-se 0% de lavras vivas de M. quadrifasciata. Para caracterização de cada alimento, 1g destes, AL e GR, foi diluído em 1mL de tampão Tris-HCl 20mM e foi centrifugado em 1540 x g/4°C/5 min. Posteriormente o sobrenadante foi passado em coluna C18 de cromatografia HPLC para separação de proteínas de maior e menor massa molecular. Obteve-se duas proteínas de maior massa molecular (0,44kDa e 0,77kDa) em GR e foi encontrado uma proteína de menor massa molecular (0,27kDa) em AL. Foi realizado o teste de azocaseina em placa para verificar a ação enzimática destes alimentos, sendo que AL apresentou baixa e GR alta ação enzimática. O PH medido em GR e AL foram de 5,2 e 4,3 respectivamente. Verificou-se que as proteínas encontradas no AL de Melipona são diferentes em relação a GR de Apis, onde proteínas de massa molecular diferentes são devidas as alterações que as proteínas do pólen sofrem ao serem metabolizadas e modificadas em secreção glandular pelas glândulas hipofaringeanas e mandibulares das abelhas nutridoras destas diferentes espécies. O PH ácido destes alimentos confere uma maior conservação contra ação de microorganismos indesejáveis e possibilita a alimentação durante a fase de larva. Já a ação enzimática maior em GR evidencia que tais enzimas devam ser necessárias a digestão/assimilação dos nutrientes em larvas de A mellifera, diferente de AL que apresentou baixa ação enzimática, mas com proteínas de menor massa molecular e possivelmente de mais fácil digestão/assimilação em M. quadrifasciata. Deste modo, a composição distinta entre o alimento larval fornecido aos indivíduos em desenvolvimento entre estas duas espécies de Apidae explica a incapacidade parcial de desenvolvimento de larvas de M. quadrifasciata em maiores taxas de GR de A. mellifera.
Palavras-chave Criação in vitro, nutrição larval, ação enzimática
Forma de apresentação..... Painel
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