Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10448

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ingred Carol Gonçalves
Orientador SERGIO LUIS PINTO DA MATTA
Outros membros Amanda Alves Lozi, Thales Henrique de Miranda , Thyago Romagnoli Rodrigues , Viviane Goreth Silveira Mouro
Título Ação antioxidante da polpa de Euterpe oleracea MARTIUS em parâmetros histomorfométricos hepáricos de camundongos expostos ao cádmio
Resumo O cádmio (Cd) é uns dos metais pesados mais abundantes no meio ambiente. A contaminação por este metal pode ocorrer pelo consumo de água contaminada por resíduos de mineração, da indústria de fabricação de tintas, pilhas e baterias de celulares, além da ingestão de alimentos contaminados, pois este metal está presente em pesticidas fosforados. O Cd também está presente na fumaça do cigarro. Após contaminação, este metal é transportado para o fígado, onde acumula-se podendo causar alterações na função hepática. Como um dos mecanismos da toxicidade do cádmio (Cd) se dá pela geração de espécies reativas de oxigênio, diversos estudos têm sido conduzidos na busca de antioxidantes que possam atuar frente aos danos hepáticos causados pelo metal. Dentre estes tem sido muito usado o fruto do açaí (Euterpe oleracea) por ser rico em compostos fenólicos, destacando-se as antocianinas. Dessa forma, objetivou-se verificar se a polpa desengordurada de E. oleracea, rica em compostos fenólicos (PDRF), apresenta atividade antioxidante frente aos efeitos hepatotóxicos do Cd. Camundongos Swiss foram divididos em 6 grupos sendo 3 controles: 1) controle negativo água por 49 dias; 2) controle Cd, 4,28 mg/Kg de CdCl2 por via oral durante 7; 3) controle PDRF, 300 mg/Kg de PDRF por 42 dias. Os grupos tratados, em número de 3, receberam 100, 200 e 300 mg/Kg de PDRF durante 42 dias, após a intoxicação pelo Cd. O fígado foi coletado, pesado, fixado e realizado processamento histológico para análise da histomorfometria hepática. Não foram observadas alterações nos parâmetros biométricos corporais e hepáticos. Porém, os animais que receberam Cd apresentaram extensa degeneração nas células hepáticas e desorganização do tecido, enquanto que nos animais que foram tratados com PDRF, após a exposição ao Cd, pode-se observar grande quantidade de células íntegras e ausência de degenerações, o que pode indicar uma possível proteção do açaí frente à contaminação pelo Cd. A intoxicação pelo Cd reduziu o percentual de hepatócitos mononucleados e do total de núcleo de hepatócitos, mas após o tratamento com PDRF este parâmetros apresentaram normalização. Os animais expostos ao Cd e tratados com 100 e 200 mg/Kg de PDRF apresentaram menor diâmetro do núcleo de hepatócitos comparado aos animais controle PDRF, intoxicados com Cd e não tratados e com tratamento com 300 mg/Kg PDRF. Adicionalmente, os animais expostos ao Cd e tratados com 100 mg/Kg de PDRF apresentaram menor diâmetro nuclear dos hepatócitos comparado ao controle água. Dessa forma, sugere-se que o tratamento com PDRF, após intoxicação por Cd, apresenta potencial atividade antioxidante levando em consideração os parâmetros histomorfométricos hepáticos avaliados.
Palavras-chave Fitoterápico, Metal pesado, Toxicologia
Forma de apresentação..... Painel
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