Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10428

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Solos
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Laís Quintão Castro
Orientador LEONARDUS VERGUTZ
Outros membros RENILDES LUCIO FERREIRA FONTES, Robson Dias de Freitas, Thaís Lopes Leal Cambraia
Título Compartimentalização de Zn aplicado na solução nutritiva e foliar em feijoeiro
Resumo O zinco (Zn) é fundamental para vários processos que ocorrem no corpo humano. Sua deficiência pode causar problemas graves à saúde e gerar desnutrição. A biofortificação agronômica surgiu como uma alternativa que visa, principalmente, enriquecer culturas como: feijão, arroz, milho, trigo e alface com micronutrientes, entre eles o Zn. O objetivo foi estudar a compartimentalização do Zn no feijoeiro para entender os principais drenos de Zn pela planta que podem interferir na biofortificação agronômica dos grãos de feijão com Zn. O experimento foi realizado em sistema de hidroponia estática na casa de vegetação do departamento de solos da Universidade Federal de Viçosa. A cultivar utilizada foi a BRSMG Madrepérola. O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições e quatro tratamentos: (T1: 100 e 1; T2: 200 e 1; T3: 100 e 0; e T4: 200 e 0 µmol/ L de Zn na solução nutritiva e foliar, respectivamente). Foram realizadas duas coletas das plantas; uma em R8 (após a aplicação do Zn foliar) e outra das sementes com 13 % de umidade. Na primeira coleta, as plantas foram separadas em raiz, caule, folha e vagem. Na segunda, obtivemos os grãos de feijão. As análises realizadas foram: massa de matéria seca, teor e conteúdo de Zn nas raízes, caules, folhas, vagens e grãos. A massa de matéria seca variou entre 20,9 e 39,4 g, sendo que os maiores valores encontravam-se na massa de matéria seca das folhas do tratamento T3. As folhas do feijoeiro serem o órgão com maior massa, comparado aos demais órgãos, é interessante quando se pensa na importância de a planta ter uma grande área fotossintetizante para seu crescimento e desenvolvimento saudável. O maior teor de Zn foi nos grãos, 65,5 mg/kg no tratamento T2. Esse resultado mostrou que o grão foi o maior dreno do Zn aplicado via adubação e que isso ocorreu nas maiores concentrações de Zn tanto aplicadas na solução nutritiva quanto foliar. Fato interessante quando o objetivo é biofortificação agronômica do feijão com Zn, mostrando que o Zn aplicado será prioritariamente direcionado para os grãos e não para outros órgãos. Se compararmos as raízes, caules, folhas e vagens, observamos que o maior teor de Zn foi na vagem, reforçando que o Zn se move na planta em direção à formação dos grãos. O conteúdo de Zn nos órgãos analisados variou de 0,4 a 1,4 mg/órgão analisado, com os maiores valores observados nos grãos, folhas e vagens. Isso porque esses órgãos demandam maiores quantidades do nutriente, comparada às raízes, para fins de metabolismo fotossintético, reserva do nutriente, função desoxidativa, entre outras funções que o Zn exerce na planta. Conclui-se que as folhas representam a maior massa de uma planta de feijão, que as concentrações de 200 e 1 µmol/L de Zn aplicado na solução nutritiva e foliar, respectivamente, foram as que proporcionaram maior teor de Zn nos grãos e que o Zn aplicado na planta fica compartimentalizado preferencialmente nos grãos > vagens > folhas > caules > raiz.
Palavras-chave Biofortificação agronômica, zinco, compartimentalização
Forma de apresentação..... Oral
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