Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10427

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Microbiologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Matheus Machado Guidini
Orientador DENISE MARA SOARES BAZZOLLI
Outros membros Ana Carolina Nery Teixeira, Giarlã Cunha da Silva, Jéssica Nogueira Rosa, Newton Moreno Sanches
Título Análise da produção de vesículas de membrana externa por um mutante hfq de Actinobacillus pleuropneumoniae sorotipo 8
Resumo Actinobacillus pleuropneumoniae é uma bactéria Gram-negativa pertencente à família Pasteurellaceae e agente causadora da pleuropneumonia suína, uma doença que causa grandes prejuízos à suinocultura por todo o mundo. A virulência desta bactéria esta associada a fatores como presença de cápsula, LPS, sideróforos e principalmente toxinas Apx. No entanto, um fator de grande importância em A. pleuropneumoniae e também relacionado à virulência é a chaperona de RNA Hfq. Estudos relacionados aos fatores de virulência, desenvolvidos em diversas espécies bacterianas, têm mostrado a importância de vesículas produzidas pelas bactérias com capacidade de transportar diversas moléculas e atuar como um fator de virulência na interação patógeno-hospedeiro. Essas são conhecidas como vesículas de membrana externa (OMVs) e são produzidas pela maioria das bactérias Gram-negativas. As OMVs são partículas esféricas com membrana em bicamada, constituídas de membrana externa e periplasma e possuem tamanho geralmente entre 20 a 300 nm de diâmetro. Estudos recentes têm mostrado a participação de OMVs no transporte de moléculas como DNA, RNA e proteínas durante a interação do patógeno com o hospedeiro. Os relatos de OMVs em A. pleuropneumoniae ainda são escassos e trabalhos envolvendo a produção de OMVs e a proteína Hfq não foram desenvolvidos para a espécie. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar a produção de OMVs em um mutante hfq e comparar com a linhagem selvagem (WT) de A. pleuropneumoniae sorotipo 8. Para isso foi utilizada a linhagem ∆hfq e a linhagem tipo selvagem MIDG2331. Primeiramente, curvas de crescimento foram desenvolvidas para verificar o comportamento das linhagens para posterior extração de OMVs. As linhagens foram cultivadas até a fase exponencial tardia e as vesículas foram obtidas através do processo de filtração hidrostática. O perfil de proteínas das OMVs foi analisado por SDS-PAGE e as vesículas foram observadas por microscopia eletrônica de transmissão (TEM). Além disto, ensaios de virulência foram desenvolvidos utilizando larvas de Galleria mellonella para avaliar a virulência dessas OMVs. O perfil eletroforético de proteínas das vesículas foi similar entre as linhagens, porém distinto em comparação às respectivas células produtoras das vesículas. A análise por TEM permitiu a visualização das vesículas que apresentaram tamanho entre 20-30 nm. Os ensaios de virulência em G. mellonella mostraram forte melanização, porém baixa mortalidade nas larvas infectadas com OMVs em relação a infecção com as linhagens ∆hfq e WT . As análises das OMVs em A. pleuropneumoniae ∆hfq não apresentaram diferenças significativas em relação às OMVs da linhagem WT, no entanto, a linhagem ∆hfq mostrou ser atenuada nos ensaios de virulência. Embora a ausência de Hfq não tenha resultado em alterações significativas nas OMVs, estas vesículas necessitam de mais investigação para compreender seu papel na virulência de A. pleuropneumoniae.
Palavras-chave Galleria mellonella, OMVs, A. pleuropneumoniae.
Forma de apresentação..... Painel
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