Resumo |
Introdução: Treinamento resistido é qualquer trabalho realizado contra algum tipo de resistência, ou seja, uma ação na qual se utiliza uma força contrária à carga, com o objetivo de gerar tensão muscular. O treinamento de força para lesados medulares é fundamental para o fortalecimento muscular e a reabilitação dos movimentos. O projeto “Fortalecer”, do Laboratório de Estimulação Psicomotora (LEP), do Departamento de Educação Física/UFV, visa promover a qualidade de vida de pessoas com lesão medular, através de programas que tem ênfase no treinamento de força. Objetivo: O propósito dessa pesquisa foi avaliar o efeito do treinamento resistido, no ganho de força e agilidade dos membros superiores em mulheres com lesão medular, com o intuito de atenuar as perdas que as acometem pós-lesão medular. Metodologia: O estudo contou com três alunas, participantes do Projeto de extensão, com lesão medular há mais de quinze anos, com média de idade de 55 ± 4.5 anos. Para avaliação dos dados, foram feitos três testes: Medicine Ball (força), Dinamômetro (força) e o Ziguezague (agilidade) no início e término do treinamento. A intervenção foi realizada durante doze semanas, com frequência de três vezes por semana e duração de 50 min a sessão. Para o controle de carga foi aplicada a escala de BORG, para classificar subjetivamente a percepção de esforço dos indivíduos. O treinamento foi dividido em quatro momentos: inicialmente um aquecimento na cadeira de rodas, depois foi executada uma média de seis exercícios com carga autorregulada por cada aluno e, por fim, um alongamento passivo e ativo dos grupos musculares trabalhados. Resultados: Nos três testes, foi observada uma melhora de força e agilidade, se compararmos os resultados do pré-teste e do pós-teste. No Medicine Ball a média do pré-teste foi de 3.6±1,3(m) e pós-teste 3,7±1,0(m), já no ziguezague, o nível de agilidade aumentou de 34,2±2,9(s), para 30,6±06(s), no Dinamômetro os resultados também foram positivos, sendo o pré-teste 42,2±13,4(kg) e pós-teste 44,5±16,4(kg). Conclusão: Com base nos resultados, foi possível dizer que, houve um aumento de força e agilidade dos membros superiores das voluntárias. Entretanto, devido à limitação da amostra, não podemos afirmar a obtenção dos ganhos, sendo necessária a realização de mais estudos acerca do tema. Contudo, podemos aferir que a metodologia de intervenção proposta, pode auxiliar no ganho de força e agilidade de pessoas com lesão medular, elevando assim, a qualidade de vida destes. |