Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10418

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor João Amaro Ferreira Vieira Netto
Orientador MAURICIO DUTRA COSTA
Outros membros Gilberto de Oliveira Mendes, Jaqueline Maria do Nascimento, LEONARDUS VERGUTZ, Rafael Vasconcelos Valadares
Título Aspergillus niger e ácido oxálico revertem a adsorção de fósforo ao solo
Resumo O fósforo (P) sofre reações de precipitação, adsorção e fixação ao solo. Esses processos diminuem a disponibilidade do elemento para as plantas e para a microbiota. Ao ser adsorvido e fixado a óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, o P passa a compor a fase sólida do solo, sendo de difícil liberação para as culturas. Alguns compostos, a exemplo dos ácidos orgânicos produzidos por fungos, são capazes de solubilizar o P presente em fosfatos de rocha de baixa reatividade. É possível que o processo de adsorção de P ao solo possa ser revertido por fungos solubilizadores de fosfato e seus metabólitos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi o de avaliar a capacidade de ácido oxálico e de A. niger, isolado FS1, de dessorver P a partir de fração granulométrica de 75 µm de um Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA) da região de Viçosa, MG. A quantidade de P adsorvida ao solo correspondeu a 90 % da capacidade máxima de adsorção do elemento. A cinética de dessorção de P da fração de 75 µm dos horizontes A e B do LVA foi realizada em reator de fluxo contínuo após 24 e 960 h (40 dias) de contato do P com as frações do solo. As soluções extratoras utilizadas foram compostas de ácido oxálico na concentração de 10 mmol L-1, além de água a pH 2 e 7 como controles. O fluxo das soluções extratoras foi de 1 mL min-1. As amostras foram coletadas durante 150 min e o P analisado por colorimetria. O fungo foi cultivado em meio de cultura NBRIP suplementado com as frações granulométricas do solo durante 7 dias, a 30 °C e 150 rpm. O ácido oxálico foi eficiente em dessorver P do solo. Para o horizonte A, nos tempos de 24 e 960 h, esse composto promoveu taxas de dessorção de 0 a 0,013 mg min-1 de P. O P liberado em solução atingiu valores de 35% do P adsorvido, para o tempo de adsorção de 24 h, e de 32 %, para o tempo de 960 h. Para o horizonte B, o mesmo ácido levou a taxas de dessorção de 0 a 0,007 mg min-1. O P liberado em solução atingiu valores de 22 %, para o tempo de adsorção de 24 h, e de 18 %, para o tempo de 960 horas. Quando na presença de A. niger FS1, a dessorção de P atingiu valores de 23 e 18 %, no horizonte A, e de 17 e 18 %, no horizonte B, nos tempos de 24 e 960 horas, respectivamente. Conclui-se que o fungo A. niger FS1 e o ácido oxálico são capazes de reverter significativamente o processo de adsorção de P, mesmo após 40 dias de contato do nutriente com as frações granulométricas do solo. Esses resultados indicam o potencial de desenvolvimento de novas tecnologias microbianas visando ao melhor aproveitamento do P utilizado na agricultura.
Palavras-chave Fosfato de rocha, solubilização, ácidos orgânicos
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,70 segundos.