Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10409

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Rafaela Martins Alves Ramos
Orientador SIMON LUKE ELLIOT
Outros membros Luisa Mendonça Gregório, Marina Guimarães Brum de Castro, VERONICA SARAIVA FIALHO
Título Diferenças na resposta imune entre besouros necrófagos adultos e imaturos (Silphidae: Oxelytrum discicolle)
Resumo Insetos necrófagos são expostos a uma alta densidade de microrganismos potencialmente prejudiciais enquanto exploram carcaças. Durante o ápice da decomposição, quando os insetos estão mais ativos, os exsudatos cadavéricos permeiam o solo e aumentam a abundância e atividade desses microrganismos, constituindo uma ameaça sobretudo aos insetos que se alimentam e se desenvolvem na carcaça, como os besouros Oxelytrum discicolle (Silphidae). Estes besouros apresentam estilos de vida muito diferentes em suas fases de vida: enquanto os adultos visitam carcaças em busca de alimento (larvas de Diptera), parceiros e sítio para oviposição, suas larvas eclodem e permanecem na carcaça, se alimentando, até final do último ínstar, em contato direto com potenciais patógenos. Estão, portanto, adultos e imaturos, submetidos à diferentes riscos de adquirir infecção. Embora sejam componentes importantes do ecossistem e de interesse para a ciência forense, aspectos relevantes sobre besouros necrófagos carecem de investigações aprofundadas, como o estudo sobre o investimento em defesas imunes. Assim, investigamos as defesas fisiológicas contrastando com o risco de adquirir patógenos em cada uma das fases de vida de O. discicolle. Para testar se existem diferenças no investimento em defesas imunológicas de adultos e imaturos (larvas), realizamos ensaios enzimáticos com a secreção anal. A secreção dos adultos foi obtida através da manipulação, uma vez que o inseto expele a secreção ao ser perturbado. Para obter a secreção das larvas (de primeiro e terceiro ínstares), elas foram individualizadas, limpas e mantidas separadamente em contato com tampão PBS por uma hora. Então, 1 µL desta solução foi adicionado a orifícios em placas de Petri com células de Micrococcus lysodeikticus ATCC® 4698 para verificar a atividade de lisozimas. Após 48 h, nós observamos que: (i) a secreção dos adultos não apresentou atividade lítica; (ii) a secreção das larvas de primeiro ínstar apresentou atividade lítica moderada; (iii) a secreção das larvas de terceiro ínstar apresentou atividade lítica mais intensa (o dobro das larvas de primeiro ínstar). A ausência de atividade lítica nos adultos pode estar associada à relativamente baixa exposição desses indivíduos ao ecossistema cadavérico. Já as larvas, que estão continuamente expostas à alta de densidade de microrganismos do entorno da carcaça durante seu desenvolvimento, tiveram atividade lítica associada às suas secreções. Esta atividade lítica de lisozimas favorece a defesa do organismo contra bactérias gram-positivas, mas outros componentes biológicos dessa secreção precisam ser investigados a fim de compreender integralmente sua função. Adicionalmente, futuros ensaios serão conduzidos com foco em outros parâmetros imunológicos e na suscetibilidade a diferentes patógenos para entender a resistência observada nas larvas.
Palavras-chave entomopatógeno, infecção, atividade lítica
Forma de apresentação..... Oral
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