Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10406

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Cláudia de Morais Silva
Orientador EVANDRO SILVA FAVARATO
Outros membros ABELARDO SILVA JUNIOR, RICARDO JUNQUEIRA DEL CARLO
Título Uso de vacina autógena no tratamento da Papilomatose oral canina – Relato de caso
Resumo A papilomatose canina é uma doença infecciosa de etiologia viral, pertencente ao gênero Papillomavirus e família Papillomaviridae, caracterizada pela formação tumoral benigna semelhantes couve-flor, de coloração variando de branco acinzentada a negra, friáveis. A transmissão por contato direto com secreções ou sangue ou fricção de tecidos acometidos, forma iatrogênica e fômites, ocorre sem receptores intermediários. Tem predileção por cães filhotes e/ou animais imunocomprometidos de qualquer faixa etária. Pode se desenvolver de forma isolada ou múltipla, localizadas em várias regiões, sendo o papiloma oral, ocular e cutâneo as formas mais comuns. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de um cão com papilomatose oral que foi tratado com vacina autógena. Foi atendido no Hospital Veterinário de Cães e Gatos na Universidade Federal de Viçosa, no mês de outubro de 2017, um cão macho, sem raça definida de aproximadamente 4 anos de idade, com queixa de apatia, sialorreia, halitose, sangramento bucal, presença de massas róseas friáveis em mucosa oral além de miíases em algumas lesões. O diagnóstico de papilomatose oral foi realizado de acordo com os sinais clínicos e características macroscópicas das lesões. No primeiro atendimento foi identificado pancitopenia e hipoalbuminemia e a terapia inicial envolveu a tentativa de melhorar o estado imunológico com fármacos imunoestimulantes e suplementação vitamínico mineral. Foram agendados retornos quinzenais para acompanhamento da evolução clínica e hematológica, que não foi satisfatória com a terapia medicamentosa tradicional. Após 3 meses de tentativas de tratamento, optou-se pela exérese cirúrgica das neoplasias maiores para facilitar a alimentação e para confecção da vacina autógena. As amostras dos tumores foram encaminhadas ao laboratório de Virologia do Departamento de Veterinária da UFV para produção da vacina, onde foram conservadas a 4°C até confecção da mesma. Foram necessários 100 gramas de amostra para confecção das 3 doses da vacina contendo 5 ml cada uma delas. A vacina foi produzida assepticamente a partir de fragmentos de papilomas coletados, inativada por solução de formalina a 0,04% e conservados em estufa durante 24 horas. As doses foram administradas por via subcutânea em dois lugares distintos do dorso, em 3 aplicações com intervalo de 21 dias entre elas. Foi possível observar melhora gradativa após cada aplicação realizada. Após as 3 aplicações foi concedida alta clinica ao paciente devido a regressão completa das lesões. O animal apresentou melhora hematológica porém continuou imunocomprometido. Até nos dias de hoje (7 meses após tratamento) não houve recidiva da doença. O uso da vacina autógena para o tratamento de papilomatose oral foi efetiva e deve ser considerada como uma opção terapêutica quando a terapia convencional não apresentar a resposta desejada.
Palavras-chave Papiloma, cão, virus
Forma de apresentação..... Painel
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