Resumo |
A macaúba (Acrocomia aculeata) pode ser encontrada isoladamente ou em grandes maciços naturais. Seus frutos produzem dois tipos de óleos que podem ser utilizados nos setores de biocombustível e alimentício. Neste sentido, até pouco tempo atrás, essa planta era explorada pelas comunidades extrativistas. Com o crescimento da demanda de óleo vegetal ao nível mundial para produção de alimentos e bioenergia, diversas pesquisa vem sendo feitas para viabilizar o cultivo comercial desta espécie em larga escala. Muitas instituições de pesquisa no Brasil vêm trabalhando com esta espécie e, em muitos casos, observa-se duplicidade de esforções uma vez que não há um entendimento do que está sendo feito pelos grupos de pesquisa. Objetivou-se com este trabalho fazer um levantamento quantitativo do número de publicações e suas respectivas instituições de origem a fim de se identificar os grupos de pesquisa com maior envolvimento nessa temática. Para isso, foi quantificada a produção científica nacional envolvendo a cultura da macaúba entre 2008 e 2018. Foram separadas em cinco regiões brasileiras as universidades, faculdades e instituições públicas de acordo com a quantidade de produção científica (artigos publicados e capítulos de livros), com destaque para a Universidade Federal de Viçosa (UFV). As informações foram levantadas nos bancos de dados das plataformas digitais: CAPES, SciELO - Scientific Electronic Library Online, Google Acadêmico e do Repositório Institucional da UFV. Também foram analisados os temas dos documentos; importância relativa da macaúba no texto; local e data das publicações. Não foram considerados trabalhos em que a macaúba era apenas citada sem apresentar dados, sendo contabilizados apenas os trabalhos em que a planta e seus derivados era o assunto mais relevante. Assim, foram identificados 223 trabalhos publicados com macaúba. A região com maior número de publicações foi a região sudeste, com 90 publicações (52%), seguida da região sul com 39 (23%), a centro-oeste com 32 (18%), a norte 8 (5%) e a nordeste 4 (2%). A UFV contribuiu com o maior número de publicações no Sudeste, com 76 publicações, o que representa 34% do total de publicações nas quatro plataformas digitais. Quando analisada separadamente a plataforma da UFV, em que observou-se 50 publicações, a divisão observada foi de 42 teses e dissertações e 8 produções técnico-científicas. Apesar de ser possível compreender o panorama quantitativo da produção científica envolvendo a cultura da macaúba, sugere-se que sejam feitas pesquisas mais específicas que detalhem a distribuição qualitativa das publicações por áreas, o que permitirá um maior entendimento do foco das investigações científicas bem como áreas que não estão sendo pesquisadas. Conclui-se que a região sudeste representa a maior produção científica envolvendo a cultura da macaúba e a UFV é a instituição com maior número de publicações nesta área. |