Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10396

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Mariany Filipini de Freitas
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Fábio Moreira Sabino da Silva, Fagner Darlan Dias Corrêa, Klisman Oliveira, Vicente Toledo Machado de Morais Júnior
Título Estocagem de carbono e sobrevivência em um plantio do Programa Carbono Zero, com 30 meses em Viçosa, MG
Resumo A problemática das mudanças climáticas está sendo muito discutida mundialmente, estando diretamente ligada com as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Com isso, os plantios florestais estão ganhando destaque, por removerem o carbono emitido por atividades antrópicas. Algumas condições ambientais podem fazer com que as mudas sofram estresse e não se desenvolvam como o esperado, além disso, a fixação de carbono pode variar entre as espécies. O objetivo do trabalho foi avaliar a estocagem de carbono e a sobrevivência das espécies, em um plantio jovem de restauração florestal. O experimento foi realizado no Espaço Aberto de Eventos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em um plantio de restauração com 30 meses de idade, sendo um total de 451 mudas de espécies nativas. Realizou-se inventário do tipo censo, de forma a obter-se altura (H) e diâmetro na altura do solo (DAS) de todos os indivíduos. Para mensuração do estoque de carbono foi utilizada a equação: Cij= [0,000353x (DAS^1,202424)x(H^0,781883)]. Entre as 30 espécies encontradas no plantio, oito apresentaram uma sobrevivência acima de 80%, sendo elas Anadenanthera colubrina, Schinus terebinthifolius, Schinus molle, Peltophorum dubium, Enterolobium contortisiliquum, Jacaranda mimosifolia, Caesalpinia ferrea, Carapa guianensis. Entre essas espécies, as que apresentaram maior estocagem de carbono foram Peltophorum dubium (3,80KgC/ano), Enterolobium contortisiliquum (2,81KgC/ano), Carapa guianensis (2,11KgC/ano), Schinus terebinthifolius (1,76KgC/ano) e Caesalpinia ferrea (1,55KgC/ano). Já as que apresentaram menor estocagem de carbono foram Jacaranda mimosifolia (1,45KgC/ano), Anadenanthera colubrina (1,03KgC/ano) e Schinus molle (0,80KgC/ano). Entretanto, dez espécies apresentaram sobrevivência abaixo de 40%, são elas Amburana cearensis, Zeyheria tuberculosa, Lecythis pisonis, Guarea guidonia, Handroanthus avellanedae, Joannesia princeps, Senna macranthera, Dalbergia nigra, Handroanthus serratifolius e Eremanthus erythropappus. As espécies que apresentaram estocagem mais alta, com sobrevivência acima de 80%, são espécies interessantes para composição dos plantios de neutralização e de restauração, pois essas removerão mais rapidamente o carbono da atmosfera e fornecerão as condições para que a regeneração avance aumentando assim, a estocagem de carbono. As espécies com menor estocagem são interessantes, pois manterão o carbono estocado no sistema por longos períodos de tempo. As espécies intermediárias, com sobrevivência entre 41 e 79%, são espécies que podem possuir um bom potencial, contudo, são necessários tratos silviculturais mais intensivos para aumentar suas performances. Espécies com sobrevivência abaixo de 40% poderão ser utilizadas nos plantios, porém seu uso implicará em mudanças nas tecnologias utilizadas na produção de mudas, no preparo do solo e no plantio, aumentando custo de implantação.
Palavras-chave Mortalidade, mitigação de gases de efeito estufa, restauração
Forma de apresentação..... Painel
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