ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Ciências Humanas |
Setor | Departamento de Geografia |
Bolsa | PIBIC/CNPq |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | CNPq, FAPEMIG |
Primeiro autor | Débora Maria Quintão Miranda |
Orientador | MARIA ISABEL DE JESUS CHRYSOSTOMO |
Outros membros | HIGOR MOZART GERALDO SANTOS |
Título | A Imigração e as Raças: Concepções da Sociedade Brasileira do Final do Século XIX e Início do XX |
Resumo | Ocorreram muitas mudanças no Brasil no período que compreende o final do século XIX e o início do XX. A imigração foi um dos fatores que fez com que o conceito de raça se tornasse explícito, o que multiplicou ainda mais as formas de abordar esse tema na sociedade. Em outras palavras, o grau de civilização dependeria diretamente da raça do povo escolhido para tornar o Brasil moderno. A pesquisa que realizamos ilustra as questões pertinentes à diferenciação entre as raças a partir da políticas imigratória pensada para o Rio de Janeiro no começo da era republicana. Para tal, embasou-se na análise de conteúdo de diversas reportagens retiradas do periódico “O Fluminense”, fundado no dia 08 de maio de 1878 no Rio de Janeiro, além da leitura de fontes secundárias sobre o tema imigração. O objetivo foi entender como ocorreu o processo de imigração no Brasil, analisando os discursos que eram realizados nesse período pelo governo e pela elite. Os resultados nos mostraram a necessidade de analisar diversas fontes para entender como eram classificados os imigrantes desejáveis e indesejáveis e a maneira como se forjou a ideia de povo brasileiro. Esse aspecto pode ser percebido no jornal "O Fluminense", que revelou como os algumas propostas de imigração compartilhavam da ideia de que nem o trabalhador nacional e o negro eram considerados capazes de desenvolver o país. Em uma de suas reportagens, é retratado que a raça mais fácil de se adaptar seria os italianos, pois dizia-se que eram mais fortes e hábeis. Outra ilustração sobre o tema, é a discussão sobre a necessidade do imigrante chinês no Brasil, que aparece no periódico, com diversos adjetivos pejorativos, principalmente quando foi destacado a impossibilidade deste grupo étnico em se constituir como força de trabalho útil para a nação. Para os colunistas do jornal, os italianos seriam os ideias, pois eram considerados como um “elemento superior”, isto é, os únicos capazes de absorver os mais fracos, considerado à época: o trabalhador nacional, o negro e o índio. A partir do ideia de que a raça branca é superior às demais, o governo fluminense acaba incentivando, cada vez mais, os europeus considerados válidos para virem ao Brasil, relegando em segundo plano às demais etnias, inclusive à nacional. Com isso, foi possível perceber a partir da análise das fontes, que a discussão sobre raça no começo do século XX foi essencial para entender o cerne das propostas imigratórios no Brasil e no Rio de Janeiro em particular, uma vez que compreendemos dois aspectos: a) o incentivo à imigração estrangeira foi um recurso para classificar os diferentes grupos étnicos e inseri-lo à sociedade do trabalho, b) que a inserção desses grupos em determinadas espaços redefiniu o papel político e econômico de cidades e regiões. |
Palavras-chave | Imigração, raça, indesejável |
Forma de apresentação..... | Painel |