Resumo |
Introdução: A elaboração dos Diagnósticos de Enfermagem está relacionada ao desenvolvimento do pensamento crítico do enfermeiro, construído a partir da interpretação e agrupamento dos dados obtidos durante coleta de dados. A North American Nursing Diagnosis Association International (NANDA-I) apresenta uma linguagem padronizada desses diagnósticos, sendo compostos por um título, associado a fatores relacionados e características definidoras. Os pacientes críticos na Unidade de Terapia Intensiva estão expostos a múltiplos procedimentos que apresentam riscos ao seu estado de saúde. Portanto, a identificação desses diagnósticos permite o direcionamento de uma assistência mais efetiva e de qualidade. Objetivos: descrever a prevalência do Diagnóstico de Enfermagem Déficit no autocuidado para banho nos pacientes críticos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva de Adultos. Metodologia: estudo transversal realizado com 51 pacientes adultos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva da cidade de Viçosa-MG entre os meses de fevereiro à abril de 2018. Os dados foram coletados no momento da admissão e no momento do desfecho clínico utilizando-se um questionário semi-estruturado com questões relacionadas ao diagnóstico de enfermagem e à condição clínica do paciente. Realizou-se a análise descritiva e inferencial. Resultados: Predominou pacientes com idade ≥ 60 anos (33 - 64,7%), sexo masculino (28 - 54,9%), raça branca (26 - 51,0%). O tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva variou de dois a 28 dias, com média de 6,63 dias, sendo a maioria provenientes da emergência (26 - 51,0%) e as doenças do aparelho circulatório (18 - 35,3%), como motivo da internação. A alta foi o desfecho clínico mais prevalente (51 – 100%). O Diagnóstico de Enfermagem “Déficit no autocuidado para banho” obteve uma prevalência de 100,0% tanto no momento da admissão quanto no desfecho clínico. Nos pacientes críticos a presença desse diagnostico esta ligada à condição clínica dos pacientes, uso de dispositivos invasivos e a consequente perda da autonomia para realização do autocuidado de higiene corporal, tornando-se um problema de Enfermagem. Conclusão: O Diagnóstico de Enfermagem “Déficit no autocuidado para banho” foi prevalente em todos os pacientes tanto na admissão, quanto no desfecho clínico, destacando-se que a maioria teve como desfecho a alta da Unidade de Terapia Intensiva. Tal achado reforça a importância do cuidado de enfermagem na satisfação das ações de autocuidado nos pacientes críticos, que devido ao quadro clínico tornam-se dependentes do cuidado de enfermagem para a realização de atividades rotineiras como o banho. |