Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10366

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Ana Clara de Souza Pereira
Orientador ITALO ITAMAR CAIXEIRO STEPHAN
Outros membros Maria Ribeiro Calil
Título Plano Diretor de Ouro Preto, Minas Gerais: análise acerca da aplicação da versão de 2006
Resumo Ouro Preto é uma cidade mineira reconhecida como polo turístico, universitário e industrial. O desenvolvimento de tais atividades desencadeou um crescimento populacional em ritmo elevado e consequente expansão desordenada da malha urbana dda sede, desde o século XIX. Dentre outros fatores, essa expansão ocasionou a ocupação de inúmeras áreas impróprias para este fim. Além disso, Ouro Preto se desenvolveu sem um arcabouço técnico adequado e somente no ano de 1996 se instaurou o primeiro Plano Diretor do município. A versão do Plano Diretor utilizada atualmente foi elaborada e publicada no ano de 2006.
O objetivo do presente trabalho é analisar a aplicação da lei do Plano Diretor no município. A metodologia utilizada neste estudo se deu pelo embasamento teórico sobre planejamento urbano e planos diretores no Brasil, a partir de autores como Flávio Villaça, Marcelo Lopes de Souza, Edésio Fernandes, entre outros. Foi consultado o Plano Diretor de Ouro Preto e o Estatuto da Cidade. A aplicação do Plano Diretor de Ouro Preto foi avaliada, a partir dos requisitos estabelecidos pelo Artigo 42 do Estatuto da Cidade e da análise da aplicação de seus artigos identificados como autoaplicáveis. Entende-se como conteúdo autoaplicável quando apresentado ao menos um dos seguintes atributos: prazo de cumprimento estabelecido - válidos para obras, regulamentação de legislação complementar, revisão ou atualização de legislação. A partir dos 82 artigos analisados do Plano,,verificou-se que apenas 8 são autoaplicáveis. Isto posto, por meio de busca na rede mundial de computadores e de obtenção de informações junto ao órgão municipal de planejamento, desses 8, 6 foram aplicados e 2 não foram obtidas respostas.
Constatou-se que a Lei em questão oferece, em geral, apenas diretrizes e estratégias, mas não indica prazos, meios e fontes de recursos para o alcance para os itens propostos. Apesar dos poucos dispositivos aplicados, segundo Teixeira (2015), tiveram-se como avanços obtidos através do Plano Diretor: a instituição do Sistema Municipal de Planejamento; a Conferência de Política Urbana e o Conselho de Política Urbana de Ouro Preto; a retomada Grupo de Assessoramento Técnico; a instituição de instrumentos urbanísticos; a definição dos perímetros urbanos de todos os distritos; e a aprovação de normas para o parcelamento, uso e ocupação do solo.
Conclui-se que, frente às dinâmicas urbanas atuais de Ouro Preto, faz-se necessária uma revisão completa do Plano Diretor, com um amplo processo de participação popular. Impôe-se como essencial que as propostas sejam efetivas. É primordial que o Plano não seja apenas um instrumento político e teórico ignorado, e que seu conteúdo deve ter uma significativa proporção autoaplicável. Acrescenta-se a importância de que o Plano seja amplamente divulgado, seja colocado em prática e a sua execução seja fiscalizada pela população.
Palavras-chave Plano diretor, planejamento urbano, Ouro Preto-MG
Forma de apresentação..... Oral
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