Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10356

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Matheus Quintão Braga
Orientador MARIA LUCIA CALIJURI
Outros membros Thiago Abrantes Silva, Vitor Juste dos Santos
Título Balanço Hidrológico da Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú
Resumo A Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú (BHRP) é a maior de Pernambuco, com 16.838,70 km². Está totalmente inserida na região semiárida brasileira (MOREIRA et al., 2017), possuindo cursos d’águas intermitentes. O Rio Pajeú, com extensão de 347 km, possui vazão nula, em média, por 8 a 10 meses. As vazões mais altas, com média de 20,14 m³/s, são no período chuvoso, que se estende entre fevereiro e maio com totais pluviométricos oscilando entre 500 e 800 mm. Além disso, as altas temperaturas, com médias entre 23 e 27 ºC e insolação média de 2800 h.ano-1, contribuem com valores médios de evaporação de 2000 mm.ano-1 (PERNAMBUCO, 1998; SILVA et al., 2010). Devido às características climáticas e hidrológicas da bacia, o volume d’água nos mananciais para atendimento das necessidades básicas da população é insuficiente (SILVA et al., 2010). Além de problemas sociais, o déficit hídrico causa transtornos econômicos, com o comprometimento de safras agrícolas (BARROS & PORDEUS, 2016). Devido aos problemas ocorridos na bacia provocados pelo déficit hídrico, o presente trabalho visa realizar um balanço hidrológico anual entre 2000 e 2016, procurando identificar a evolução da entrada de água na bacia por precipitação e a saída por evapotranspiração e deflúvio. Os dados de precipitação e vazão foram obtidos no Hidroweb, pertencente à Agência Nacional de Águas (ANA), e os de evapotranspiração no Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa (BDMEP) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados de precipitação, distribuídos em 12 estações dentro e no entorno da bacia, e os dados de evapotranspiração de cinco estações, uma no interior da bacia e o restante no entorno, foram interpolados utilizando o método IDW. Calculou-se a entrada anual total de água por precipitação e a saída anual total pela evapotranspiração, a partir das interpolações, com o auxílio do software ArcGIS 10.3. Com a regionalização de vazões (TUCCI, 2002) a partir dos dados de duas estações fluviométricas inseridas na bacia, calculou-se a saída anual total de água por deflúvio. A partir dos resultados destes cálculos, aplicou-se a equação do Balanço Hídrico conforme Collischonn & Tassi (2008), que considera desprezível a variação de armazenamento de água na bacia em intervalos de tempo longo. O cálculo (em mm) foi feito considerando toda a extensão da bacia, a partir das interpolações, somando os valores de cada pixel. Dos 17 anos estudados, 13 tiveram um déficit hídrico, já que os valores obtidos no balanço indicam uma maior perda de água para a atmosfera por evapotranspiração. Conclui-se que a BHRP, no período estudado, possuiu uma dinâmica hidrológica de maior evapotranspiração total anual, com média de 20.931.478,53 mm.ano-1, em relação à precipitação total anual, com média de 17.490.722,98 mm.ano-1. Isto acarreta em perdas de reserva de água na bacia e evidencia a pouca disponibilidade hídrica na região, além da intermitência dos cursos d’águas.
Palavras-chave evapotranspiração, hidrologia, precipitação
Forma de apresentação..... Painel
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