Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10330

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Felipe Lopes de Souza
Orientador JOSE GUILHERME PRADO MARTIN
Outros membros Thalita Riquelme Augusto Obara
Título Atividade antimicrobiana de própolis verde coletada em diferentes estações do ano
Resumo Produtos naturais são geralmente associados à saúde e bem estar da população. Nesse contexto, destaca-se a própolis, uma resina popularmente utilizada na medicina alternativa e que possui diversas atividades biológicas, incluindo antimicrobiana. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de própolis verde coletada em diferentes épocas do ano. Foram realizadas 4 coletas de própolis (Coleta 1 – verão; Coleta 2 – outono; Coleta 3 – inverno; e Coleta 4 – primavera) no Estado de Minas Gerais. As amostras foram, então, trituradas, e os extratos foram obtidos a partir de 2 g de cada uma das amostras adicionados a 25 mL de etanol 50 % (v/v) e mantidos sob agitação a 180 rpm à 49,5 °C por 50 minutos. Em seguida, os extratos foram centrifugados a 2060 g durante 15 minutos, filtrados, e então rotaevaporados para remoção completa do solvente de extração, a fim de se obter o extrato seco. O screening da atividade antimicrobiana foi realizado pela técnica de disco-difusão, utilizando-se 70 mL de ágar BHI inoculado com Staphylococcus aureus ATCC 8095, Salmonella arizonae ATCC 13314, Listeria monocytogenes ATCC 7644 e Pseudomonas fluorescens ATCC 13525 (105 UFC.mL-1) em placas de Petri de 150 mm de diâmetro, nas quais poços de 8 mm de diâmetro foram produzidos e preenchidos com 40 μL de cada extrato. Os controles consistiram em: 40 μL de água destilada estéril (controle negativo); 40 μL de gentamicina 2,5 g/L (controle positivo para P. fluorecens); e 40 μL de canamicina 750 mg/L (controle positivo para os demais microrganismos). As placas foram incubadas a 25 °C por 24 horas para P. fluor ATCC 13525 scens e 37 °C por 24 horas para os demais microrganismos. A determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi realizada através da diluição seriada dos extratos de própolis em microplacas de 96 poços com concentrações variando entre 25 g/L e 0,19 g/L. Os controles consistiram em caldo BHI (controle negativo) e caldo BHI acrescido de 30 μg de canamicina (controle positivo). Após a incubação a 37 °C por 24 h, os poços foram acrescidos de 30 μL de resazurina 0,01 % (m/v) para verificar o crescimento microbiano. Na determinação da Concentração Bactericida Mínima (CBM), 10 μL de caldo foram removidos de cada poço inibitório e gotejados em placas de Petri contendo ágar BHI, seguido de incubação a 37°C por 24 h. Não houve formação de halo de inibição para nenhum dos extratos contra Salmonella e P. fluorescens. Para S. aureus, foram obtidos halos entre 9,68 +/- 0,68 mm e 11,65 +/- 0,88 mm; para L. monocytogenes, halos entre 11 +/- 0,36 mm e 13,87 +/- 0,25 mm. Para essa bactéria, a menor CIM foi de 0,78 g.L-1 e a CBM foi de 6,25 g.L-1 (Coleta 4 – primavera); para S. aureus, a menor CIM foi de 0,39 g.L-1 e a CBM foi de 6,25 g.L-1 (Coleta 4). Esses resultados demonstram que a própolis verde brasileira possui um significativo efeito bacteriostático e bactericida e que a época do ano interfere diretamente em sua atividade antimicrobiana.
Palavras-chave atividade antimicrobiana, própolis, verde
Forma de apresentação..... Painel
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