Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10315

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Kerlycienne Fernandes dos Santos
Orientador FLAVIO BARBOSA JUSTINO
Outros membros Gustavo Berger Schaeffer, Milton Edgar Pereira Flores, Robert Louis Pazzeto Barbosa, Welison Júnior Garcia
Título Elevadas concentrações de CO2 e O3 em um cenário de mudanças climáticas e sua influencia nos componentes de rendimento na cultura de Feijão
Resumo Diante das previsões do IPCC com relação às mudanças climáticas foi avaliada o efeito das concentrações elevadas de CO2 e O3 nos componentes de rendimento na cultura do feijão. O experimento foi realizado na área de pesquisa em “Mudanças Climáticas e Agricultura” do Departamento de Engenharia Agrícola (campus Viçosa, DEA/UFV). O cultivo foi conduzido com práticas agrícolas convencionais, sendo a acidez, nutrição, controle de pragas e irrigação conforme o requerimento da cultura. O plantio foi realizado numa área 250m² dentro da qual foram distribuídas 12 câmaras de topo aberto (OTC). Dados microclimáticos (temperaturas do ar e umidade relativa) foram monitorados com sensores fixos dentro das OTC. Os tratamentos foram T0=Ambiente atual (420ppm de CO2 e 35ppb de O3), o T1=Ambiente+330ppmCO2, o T2=Ambiente+330ppmCO2+33ppbO3 e T3=Ambiente+33ppbO3. As plantas foram expostas diariamente (de 6:30-18:00) desde a germinação até a maturação das vagens. As [CO2] foram medidas 3 vezes ao dia manualmente e as [O3] a cada 15 minutos (automaticamente). A colheita foi realizada quando 90% das vagens ultrapassaram a maturação completa e para calculo da produção considerou-se grãos como 10% umidade. O numero de ramos /planta e numero de grãos/vagem foram semelhantes entre os tratamentos, variando entre 2,1-2,5 e 4,1 ramos/planta e 4,4 grãos/vagem. O numero de vagens/planta e massa seca media dos grãos (mg/grão) entre os tratamentos foram 12,8; 16,6; 15,5; 12,9 e 285,4; 288,7; 240,2; 252.9 para os tratamentos T0, T1, T2 e T3, respectivamente. A correlação de Pearson (r), entre produção de grãos comerciais e o numero de vagens/planta (r=0,878; P=≤0,0001) e número de grãos/planta e número de vagens/planta (0,940; P≤0,0001) foram altas e positivas. Dos resultados, pode observar-se influencia positiva da elevação das concentrações de CO2 no numero vagens por planta e em consequência do numero de grãos por planta, e ação antagônica da elevação das [O3] no numero de vagens. A posição intermediaria dos resultados da elevação combinada das [CO2] e [O3], evidenciou que os efeitos nocivos do O3 pode ser reduzido pelas maiores concentrações de CO2 no ambiente de crescimento. Conclui-se que o aumento de CO2 em ambientes de futuro favorecer a produção de feijão (cv. VR19/UFV) por aumentar o número de vagens/planta e aumentar a massa seca média dos grãos, e num ambiente onde continue o aumento de O3, a elevação das [CO2] pode mitigar os efeitos negativos do O3 nos componentes de rendimento antes indicados.
Palavras-chave CO2, O3, Feijão
Forma de apresentação..... Oral
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