Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10313

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Jéssica Bevenuto Mattar
Orientador JOSEFINA BRESSAN
Outros membros Adriano Marçal Pimenta, HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF, Tatiana Maria Amaral Zappa, Thatianne Moreira Silva Oliveira
Título Consumo de carnes e a prevalência de excesso de peso em graduados brasileiros (projeto CUME)
Resumo Introdução: A obesidade, definida como um acúmulo excessivo de gordura corporal, é uma doença crônica multifatorial, apresentando um elo com as doenças crônicas não transmissíveis. Nesse contexto, os hábitos alimentares têm um papel fundamental no controle do peso corporal. De fato, o padrão alimentar ocidental, com alto consumo de carnes vermelhas, gordas e processadas tem sido associado com a obesidade e doenças cardiometabólicas. Em contra partida, o consumo de carnes brancas, magras e ovos tem se mostrado um fator protetor. Objetivo: Avaliar o consumo de carnes vermelhas, gordas e embutidos e de carnes brancas e ovos com relação a ocorrência de excesso de peso, na linha de base da Coorte das Universidades MinEiras (CUME). Métodologia: Estudo transversal da Coorte CUME, com 3.151 participantes (2.197 mulheres), ex-alunos da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com idade média de 36,3 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário online. Foram respondidas questões relacionadas às características sociodemográficas, estilo de vida e dados antropométricos. Ademais, os participantes preencheram um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA), validado, com 144 itens alimentares, utilizado para gerar o consumo diário do grupo de carnes vermelhas, gordas e embutidos e do grupo carnes brancas, magras, peixes/mariscos e ovos. O peso e a altura auto relatados foram utilizadas para calcular o índice de massa corporal (IMC). O estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFMG e da UFV (n° parecer 596.741-0). Resultados: Dos 3.151 participantes, 69,7% eram do sexo feminino. A prevalência de excesso de peso foi de 39,2%. O último quartil (maior consumo de carnes vermelhas, gordas e embutidos) apresentou maior proporção de não fumantes (p<0,001), praticantes de atividade física (p<0,001), maiores valores de IMC (p<0,001), mesmo após ajuste por sexo, tabagismo, idade, atividade física e consumo de álcool (p<0,001) e esteve positivamente associado à maior ocorrência de excesso de peso, na amostra total (RP=1,30, IC:1,16–1,46) nos homens (RP=1,16, IC:1,01–1,35) e mulheres (RP=1,45, IC:1,27–1,72) independente dos fatores de confusão. O último quartil (maior consumo de carnes brancas, magras, peixes/mariscos e ovos) apresentou maior proporção de não fumantes (p<0,001), praticantes de atividade física (p<0,001), porém, apresentou menores valores de IMC (p<0,001), mesmo após ajuste (p<0,001) e esteve positivamente associado à menor ocorrência de excesso de peso, na amostra total (RP=0,75, IC:0,66–0,85) nos homens (RP=0,80, IC:0,67–0,95) e mulheres (RP=0,69, IC:0,58–0,82) independente dos fatores de confusão. Conclusões: O maior consumo de carnes vermelhas, gordas e embutidos esteve associado à maior ocorrência de excesso de peso, ao contrário do maior consumo de carnes brancas, magras, peixes/mariscos e ovos que esteve associado à menor ocorrência do mesmo.
Palavras-chave excesso de peso, hábito alimentar, estilo de vida
Forma de apresentação..... Oral
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