Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10291

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriela da Silva Fonte Bôa
Orientador HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO
Outros membros Bárbara Pereira da Silva
Título Efeito da ingestão de chia (Salvia hispanica L.) no balanço de cálcio em ratos Wistar alimentados com dieta hiperlipídica
Resumo A chia (Salvia hispanica L.) é muito utilizada na América Central e no México como um importante componente da dieta. Atualmente, vem sendo muito estudada devido a presença de compostos bioativos, proteína, fibra alimentar e lipídios. A chia possui uma alta concentração de minerais, dentre eles o cálcio e baixo conteúdo de fatores antinutricionais o que a torna interessante para o consumo alimentar. Diante disso, o estudo teve como objetivo investigar a biodisponibilidade de cálcio da chia e seu efeito no perfil de lipídios, em ratos Wistar alimentados com dieta padrão e com alto conteúdo de gordura. Foram utilizadas sementes de chia (Salvia hispanica L.) produzidas no Brasil, as quais foram moídas e armazenadas a -18°C. Trinta e dois ratos machos (Rattus norvegicus, linhagem Wistar, variação albinus) com 21 dias de vida foram sistematicamente divididos em 4 grupos com 8 animais cada. Os grupos experimentais receberam as seguintes dietas: controle (AIN-93G); controle (AIN-93G) + farinha de chia; dieta hiperlipídica (HFD 60%) e dieta hiperlipídica (HFD 60%) + farinha de chia. Ao final dos 49 dias, após jejum de 12 horas, os animais foram anestesiados e eutanasiados por punção cardíaca. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Os dados foram submetidos à análise de variância seguidos pelo teste de médias, Newman-Keuls a 5% de probabilidade. As análises estatísticas foram realizadas no SPSS, versão 10.1. Os animais alimentados com dieta padrão e dieta hiperlipídica com carbonato de cálcio apresentaram menor (p<0.05) ganho de peso. Além disso, o coeficiente de eficiência alimentar foi maior (p<0.05) nos animais que ingeriram dieta hiperlipídica. A chia, independentemente do tipo de dieta consumida, levou a um menor (p<0,05) balanço, taxa de absorção e taxa de retenção de cálcio. Além disso, a concentração urinária de cálcio foi menor (p<0.05) nos grupos que receberam chia. No entanto, o conteúdo de cálcio fecal foi menor (p<0.05) nos animais que receberam carbonato de cálcio. No entanto, a concentração de cálcio no fêmur e no sangue não diferiu (p>0,05) entre os grupos experimentais. Os animais alimentados com chia apresentaram menor nível de colesterol total, VLDL e LDL-colesterol e. As concentrações de glicose, HDL, AST, ureia e creatinina não diferiram (p>0,05) entre os grupos experimentais e a ALT foi maior (p<0,05) em todos os grupos que consumiram dieta hiperlipídica. Conclui-se que os animais alimentados com chia como fonte única de cálcio na dieta apresentaram baixa biodisponibilidade de cálcio e que, a dieta hiperlipídica durante cinco semanas não foi capaz de interferir na biodisponibilidade do cálcio, mas atuou de forma positiva no perfil de lipídios.
Palavras-chave chia, biodisponibilidade de cálcio, dieta hiperlipídica
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,67 segundos.