Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10286

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Jhulyana Sanches Ferreira
Orientador MARCELO COUTINHO PICANCO
Outros membros ANTONIO JACINTO DEMUNER, Elizeu de Sá Farias, Iara da Mata Flôr, Sarah da Silva Benevenute
Título Toxicidade do óleo essencial de jambu sobre o besourinho-dos-cereais
Resumo O besourinho-dos-cereais Rhyzopertha dominica (Coleoptera: Bostrichidae) é uma das pragas mais destrutivas de grãos armazenados em todo o mundo. Uma das formas de manejo dessa praga é o controle químico através de inseticidas sintéticos, no entanto, a elevada toxicidade e a possibilidade de seleção de populações resistentes tem levado o desenvolvimento de métodos de controle alternativos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade do óleo essencial (OE) de jambu Acmella oleracea sobre R. dominica e determinar a curva dose-mortalidade e o tempo mortalidade para esta praga. Os ensaios foram divididos em três etapas: seleção, determinação da curva dose-mortalidade e determinação das curvas de sobrevivência de adultos de R. dominica expostos ao OE de A. oleracea. Inicialmente foi feito o bioensaio de seleção, para verificar se a substância apresentava mortalidade acima de 80%. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com seis repetições. Cada unidade experimental foi constituída de dez insetos mantidos em um pote de 125 mL. Os adultos foram pesados e tratados com solução do OE de jambu diluído em acetona. Foi feita aplicação tópica, a dose utilizada foi 30 mg de substância por grama de massa corporal do inseto. Cada inseto recebeu 0,5µL da solução. O controle foi tratado com acetona. Foi utilizado OE de alho como padrão de eficiência. Após a aplicação, os insetos foram alimentados com grãos de trigo e a mortalidade foi avaliada após 48 horas. A curva dose mortalidade foi determinada a partir da aplicação de doses decrescentes (20,10, 5, 2.5, 1), de modo a se obter mortalidades variando entre 1% e 99%. As condições experimentais foram similares ao ensaio de seleção. Para estimar as curvas dose-mortalidade, os dados de mortalidade foram submetidos à análise de Probit. Na terceira etapa do experimento foi determinada a curva de sobrevivência dos adultos, os tratamentos foram o controle (acetona) e a DL 90 (17,24 μg/mg) do OE mais ativo. O delineamento experimental foi do tipo DIC e foram utilizados 100 adultos de R. dominica por tratamento. A mortalidade foi avaliada durante o período compreendido entre o início até 48 horas após a montagem. As curvas de sobrevivência foram estimadas pelo método produto-limite de Kaplan-Meier e comparadas pelo teste log-rank (α = 0,05). As doses letais 50 e 90 foram estimadas em 4,14 e 17,24 μg/mg, respectivamente. O OE de jambu foi 7,16 vezes mais tóxico que o extrato de alho, mas esses compostos não se diferenciaram na inclinação das curvas dose-resposta. As curvas de sobrevivência de adultos de R. dominica expostos ao OE de jambu e ao controle negativo apresentaram diferença significativa. O OE de A. oleracea ocasionou 80% de mortalidade aos indivíduos tratados após 48 horas. O tempo mediano letal (TL 50) foi de 24 horas. Portanto, essa substância apresenta potencial inseticida no controle de R. dominica.
Palavras-chave Grãos armazenados, novos inseticidas, Acmella oleracea
Forma de apresentação..... Oral
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