Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10268

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Tatiana Maria Amaral Zappa
Orientador HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Outros membros Adriano Marçal Pimenta, Arieta Carla Gualandi Leal, JOSEFINA BRESSAN, Lílian Lelis Lopes
Título Consumo Alimentar de Residentes no Estado de Minas Gerais: PROJETO CUME
Resumo Nas últimas décadas, o Brasil tem passado por uma transição epidemiológica e nutricional, com aumento do excesso de peso e das doenças crônicas não transmissíveis e estilo de vida não saudável (hábitos alimentares inadequados e inatividade física), respectivamente. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo caracterizar o consumo e práticas alimentares em participantes da coorte das Universidades Mineiras (CUME), residentes no estado de Minas Gerais. Trata-se de um estudo realizado com dados da linha de base do projeto Coorte de Universidade MinEiras (CUME) cujo os participantes são egressos de instituições mineiras de ensino superior. A coleta de dados foi realizada mediante aplicação de um questionário online contendo questões sobre saúde e estilo de vida. O consumo alimentar habitual foi avaliado mediante do questionário de frequência do consumo alimentar quantitativo, aplicado também online. Participou deste estudo uma subamostra de 2.237 voluntários, dos quais 71,5% foram mulheres e 58,3%, adultos jovens (20-35 anos). A prevalência de excesso de peso nos adultos (35-60 anos) foi maior comparada à dos idosos (51,5% vs. 36,4%, p<0,001), enquanto os homens apresentaram maior prevalência de excesso de peso (IMC ≥25 kg/m²), comparado às mulheres (53,7% vs. 34,3%, p<0,001). Nas mulheres, o consumo de grupos alimentares não saudáveis, como carnes vermelhas (RP=1.23, IC95%: 1.04-1.46), carnes processadas/embutidos (RP=1.27, IC95%: 1.07-1.49), bebidas artificiais (RP=1.29, IC95%: 1.09-1.52) e ingredientes culinários (RP=1.56, IC95%: 1.33-1.83), o último tercil de consumo se associou positivamente com a ocorrência de excesso de peso, enquanto o maior consumo de ovos (RP=0.81, IC95%: 0.69-0.95), leguminosas (RP=0.83, IC95%: 0.70-0.98), óleos vegetais (RP=0.79, IC95%: 0.67-0.93), suco natural (RP=0.85, IC95%: 0.72-0.99) e oleaginosas (RP=0.82, IC95%: 0.70-0.96), associou-se negativamente, independente das variáveis de confusão (idade, atividade física, tabagismo, etilismo, TV horas/dia, sono horas/noite, consumo de gordura saturada e açúcar de adição). Não foram encontradas associações significantes para os homens (p>0,05 ). Como conclusões, o consumo de alimentos fontes de proteínas, bem como tipos de sucos apresentaram associação significativa com a ocorrência de excesso de peso entre as mulheres mineiras do estudo CUME, indicando a importância de estratégias de educação alimentar e nutricional.
Palavras-chave Excesso de peso, consumo alimentar, grupos alimentares
Forma de apresentação..... Oral
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