Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10260

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jamille Mylena de Freitas Gomes
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Outros membros Gabriela Rodrigues de Castro
Título O sonho de toda menina é ser princesa?: O currículo produtor de subjetividades presente na "Escola de Princesas"
Resumo Este trabalho foi apresentado como trabalho de conclusão de curso e teve como objetivo principal analisar a produção de subjetividades femininas implícitas na filosofia da Escola de Princesas, além de analisar o currículo da mesma enquanto agência de preconceitos contra a mulher. A análise partiu de uma pesquisa documental, a partir do site da escola e buscou-se, a princípio, na literatura, resgatar o contexto histórico vivenciado pelas mulheres, como as lutas e as ondas feministas que explodiram desde meados do século XIX. Logo depois, a partir da descrição da Escola de Princesas e das informações coletadas no site fez-se uma discussão a respeito do currículo como produtor de subjetividades e como meio de expressão das relações de poder. Concluiu-se o seguinte: partindo do pressuposto de que o sonho de toda menina é ser princesa, a referida Escola, que surgiu em 2013 e já conta com diversas franquias espalhadas em vários estados do país, propõe um currículo engessado e selecionado a fim de formar donas de casa exemplares, que se restringem aos cuidados da casa, do marido e dos filhos. Entretanto, diante de todos os retrocessos que o Brasil tem vivenciado como, por exemplo, o projeto “Escola sem Partido” que coloca em pauta propostas que visam cessar as discussões de gênero entre outras, é necessário fomentar as discussões sobre um currículo que permita e abra possibilidades para nossas crianças expressarem-se de forma livre, de forma que os estereótipos de gênero não limite-as. A Escola de Princesas, propondo um modo de se comportar, de se vestir e de se relacionar que voltam ao encontro da educação das mulheres do século XIX revela um currículo voltado para a produção de subjetividades que reproduzem um papel feminino enrijecido, carregado de estereótipos, contribuindo para que nos afastemos ainda mais das discussões que permitam que as mulheres desenvolvam uma identidade atrelada a autonomia e liberdade, abrindo possibilidades para que sejam o que quiserem ser, sem limitações.
Palavras-chave Currículo, Produção de Subjetividades, Identidade
Forma de apresentação..... Painel
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