Resumo |
O cobre pelas suas propriedades térmicas, elétricas e de durabilidade, tem sido um dos materiais mais importantes no desenvolvimento da civilização. O cobre é utilizado no mercado de construções civil, produtos elétricos e eletrônicos, equipamentos de transporte, maquinário industrial e produtos de consumo em geral. O manganês, devido a sua capacidade de fixação, desoxidação e formação de sulfetos, evita que o enxofre reaja com ferro ou suas ligas, sendo essencial para as empresas siderúrgicas. Entretanto, para fins não metalúrgicos, utiliza-se manganês na fabricação de pilhas, fertilizantes para plantas, ração de animais e corantes de tijolos. O bronze de manganês (bronze 430) é uma liga metálica que apresenta uma composição de Cu e Mn de 60-66 % e 2,5-5,0 %, respectivamente. Uma das suas principais características é a resistência a corrosão, sendo aplicado em maquinários hidráulicos, partes de bombas marítimas, válvulas, hélices e peças de aplicações estruturais em geral. Devido ao grande número de aplicações e demanda, torna-se necessário desenvolver métodos sustentáveis e eficientes para a separação de cobre e manganês. Desse modo, desenvolveu-se um método verde de separação de cobre e manganês utilizando sistema aquoso bifásico (SAB) que é composto majoritariamente por água e os outros dois componentes como sal e macromolécula. O SAB forma-se espontaneamente quando condições termodinâmicas especificas, de pressão, temperatura e composição dos constituintes, são respeitadas. Baseado nos princípios da química verde, os SAB transfiguram-se uma técnica promissora para substituir a extração liquido-liquido tradicional (ELT), evitando o uso de solventes orgânicos que podem ser tóxicos, inflamáveis e/ou cancerígenos, sendo prejudiciais à saúde humana. Neste trabalho, foi utilizado um SAB constituído pelo copolímero L35, citrato de amônio e água no comprimento de linha de amarração 67,13 %(m/m), usando neocuproína como extratante. Avaliou-se o efeito da presença de neocuproína (NEO) como extratante e a influência do pH (1,0 – 7,0) na extração de cobre e manganês. A determinação dos íons metálicos foi feita com o auxílio de um espectrofotômetro de emissão atômica com plasma induzido por micro-ondas (MP-AES). As melhores condições de separação de Cu e Mn foram observadas em pH = 7,0. Neste pH, o cobre foi transferido preferencialmente para a fase superior (FS), rica em copolímero, devido a interação favorável do complexo formado entre Cu-NEO com os componentes da FS, atingindo uma %E próxima a 83,7 %. Enquanto o manganês permaneceu na fase inferior (FI) alcançando uma extração máxima de 5,36 %. Este resultado pode ser explicado pela formação de espécies com o ânion citrato e a água que interagem mais favoravelmente com os componentes da fase inferior. Os resultados obtidos demostram que SAB é um método eficiente para separação de Cu e Mn. |