Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10248

ISSN 2237-9045
Instituição Centro Universitário de Caratinga
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Animal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Valéria Azevedo Rocha
Orientador Patrícia Silva Santos
Outros membros Lamara Laguardia Valente Rocha, Lusmar Maria Silva
Título Análise das notificações de epizootias em primatas não humanos durante o surto de febre amarela 2016/2017 em Imbé de Minas, Leste de Minas Gerais.
Resumo A vigilância de epizootias em primatas não humanos (PNH) consiste essencialmente em captar informações, oportunamente, sobre adoecimento ou morte destes animais e investigar adequadamente esses eventos, com a finalidade de subsidiar a tomada de decisão para a adoção de medidas de prevenção e de controle e reduzir a morbimortalidade da doença na população humana em áreas afetadas. Na microrregião a que Imbé de Minas pertence ocorrem 5 gêneros de PNHs: Alouatta, Sapajus, Callithrix, Calicebus e Brachytelles, todos susceptíveis à infecção pelo vírus da febre amarela, sendo os gêneros Alouatta e Callithrix os mais sensíveis. Por serem os principais hospedeiros do vírus da febre amarela no ciclo silvestre, a identificação e notificação de PNH, mortos ou debilitados, são de grande importância no que diz respeito à investigação e detecção precoce das áreas de circulação do vírus, além de outras zoonoses de interesse como dengue, hepatite e raiva. Assim buscou-se avaliar o perfil das notificações de ocorrência de epizootias em PNH no município de Imbé de Minas, durante o período de surto de febre amarela em 2016 e 2017. Para tal foi analisado o banco de dados de monitoramento de epizootias do município no período de agosto de 2016 a fevereiro de 2017 fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde e observados o número de notificações, período de ocorrência, quantidade, identificação dos animais encontrados, amostras coletadas, exames realizados e seus resultados. Dos 11 casos registrados, 9% ocorreram em agosto; 9% em outubro; 27,5% em dezembro; 36,5% em janeiro e 18% em fevereiro. Contabilizou-se 23 mortes de PNH, das quais 8 foram em outubro e 8 em dezembro, perfazendo 50% dos casos. Apenas 6 animais tiveram o gênero identificado – 2 Calicebus; 2 Alouatta; 1 Sapajus e 1 Callithrix. Quanto à investigação laboratorial e diagnóstico, há registro de material coletado não especificado de um barbado, cujo resultado foi inconclusivo e de orelha direita de outro indivíduo e, embora o resultado laboratorial não tenha sido descrito, o caso foi diagnosticado como febre amarela. Das notificações 18% foram diagnosticadas como febre amarela sem respaldo analítico. Houve certa dificuldade de interpretação dos dados em decorrência de incongruências e falta de padronização de informações além da ausência de preenchimento dos itens constantes no banco de dados. A elevada notificação de morte de PNH coincidiu com os meses de incidência de casos por febre amarela em humano. São de suma importância a verificação da vigilância de epizootias e o correto registro das informações ao longo do ano e não somente durante o período sazonal de ocorrência do vírus, para que ações de prevenção e combate a esta e outras zoonoses sejam eficazes. É fundamental o desenvolvimento de campanhas de educação ambiental esclarecendo o papel dos PNH no ciclo da doença junto ás comunidades que residem e próximo a ambientes florestados, evitando assim maiores impactos nas populações ainda restantes.
Palavras-chave Epizootia, Febre amarela, Primatas não humanos
Forma de apresentação..... Painel
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