Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10245

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Marilane de Souza Bhering
Orientador VALTER MACHADO DA FONSECA
Título Políticas educacionais e currículo: desafios do ensino de história na contemporaneidade
Resumo Este trabalho apresenta uma análise acerca da flexibilização do currículo na educação básica. Para tanto analisa como as políticas públicas educacionais incidem no processo de ensino aprendizagem em especial no ensino de História. Vivenciamos um período em que a escola sofre um processo de hierarquização de sua grade curricular, que se concretiza através de políticas públicas que afetam diretamente a estrutura do trabalho docente, o aprender dos alunos e o compromisso da escola como espaço de socialização dos saberes e de formação humana e social. A proposta apresentada pela Base Nacional Comum Curricular acerca da flexibilização do currículo, nos faz questionar como as políticas educacionais implementadas pelo atual Governo tomam um caráter perverso e autoritário que tende a acarretar sérias consequências para a legitimidade do ensino de História e para a formação de jovens do Ensino Médio. Pensar o currículo de História aplicado na educação básica requer compreender aspectos que tratam da cultura local ao global. Permitindo que os alunos tomem consciência de sua história, suas origens e dos processos sócio-políticos que regem a sociedade e acima de tudo criam possibilidades e reflexões críticas no processo de ensino aprendizagem. Logo, a lógica neoliberal o qual a escola está imersa contradiz o seu papel social na formação para a cidadania, para além tende a hierarquizar esses espaços contribuindo para processos que legitimam e exacerbam as desigualdades sociais o que traduz num esvaziamento do sentido da educação como direito público e de qualidade. Nesse viés,o estudo objetiva analisar as políticas educacionais que incidem sobre a educação básica a fim de compreender a legitimidade do ensino de História a partir da flexibilização curricular. Assim a nossa abordagem se baseia na pesquisa qualitativa, de tal modo, utilizaremos como método entrevistas semiestruturadas e aplicação de questionário a fim de compreender os aspectos que regem essas políticas e como essas afetam os espaços de formação. Deste modo, a articulação com as políticas neoliberais, o Estado e o capitalismo se faz presentes contribuindo para dialogarmos com os desafios que emergem na educação contemporânea. Em suma, diante os desafios o qual a escola se insere procuramos identificar como as políticas educacionais neoliberais que emergem no cotidiano escolar e que contribuem para relações individualistas, competitivas e para uma formação tecnicista, pragmática e dual interferem na cultura escolar e favorecem para que as relações de poder e o discurso hegemônico do capital se institua na comunidade escolar ameaçando a gestão democrática desta. Igualmente a proposta de dialogar com as reformas educacionais traz para o debate a cultura do desempenho, a formação de currículos prescritos e a precarização do trabalho docente fruto de um cenário neoliberal e da construção de uma hegemonia capitalista e internacionalista.
Palavras-chave Políticas Públicas educacionais, Currículo, Ensino de História
Forma de apresentação..... Painel
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