Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10241

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Isabela Araujo Marques
Orientador LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA
Outros membros Alvaro Javier Patiño Agudelo, ANA CLARISSA DOS SANTOS PIRES, Pedro dos Santos Moreau, Yara Luiza Coelho
Título Interação entre Lactoferrina e Carboximetilcelulose: um estudo espectroscópico
Resumo Introdução: A ligação proteína-polissacarídeo tem sido considerada uma peça chave no desenvolvimento tecnológico das indústrias alimentícias e de cosméticos. Devido às interações intermoleculares entre estes dois biopolímeros, formam-se geralmente bionanoestruturas que são utilizadas como encapsuladores e/ou liberadores de componentes químicos funcionais visando principalmente a obtenção de sistemas coloidais com aplicações estratégicas. No entanto, as forças motrizes que dirigem a formação de complexos entre essas espécies ainda são pouco conhecidas. Objetivo: Caracterização termodinâmica da interação entre a proteína Lactoferrina (LF) e o polissacarídeo Carboximetilcelulose (CMC), utilizando as técnicas de Espectroscopia de Fluorescência (EF) e Ressonância Plasmônica de Superfície (RPS). Metodologia: Para os experimentos utilizando EF, foram analisadas amostras contendo LF (20 μM) e CMC (60 - 170 μM), preparadas em tampão pH 4,0. A partir do fenômeno de supressão de fluorescência dos resíduos de Triptofano (Trp) da proteína, devido à interação LF-CMC, foi possível determinar a constante de ligação (Kb) em diferentes temperaturas (15-35 °C), o que possibilitou a determinação das variações de entalpia (ΔH°), energia livre de Gibbs (ΔG°) e entropia (ΔS°) padrão referentes a formação do complexo. De forma similar, estes parâmetros termodinâmicos foram obtidos por RPS, onde Kb foi calculado por meio da razão entre as constantes de associação (ka) e dissociação (kd) obtidas a partir dos experimentos. Resultados e discussão: Os parâmetros obtidos por EF, para a formação do complexo LF-CMC a 25 °C, foram ΔG°=-38,37 kJ/mol, ΔH°=38,48 kJ/mol e TΔS°=76,85 kJ/mol enquanto, por RPS, ΔG°=-36,81 kJ/mol, ΔH°=23,05 kJ/mol e TΔS°=59,86 kJ/mol. Os valores negativos de ΔG° obtidos por ambas as técnicas indicaram a predominância da formação do complexo LF-CMC no equilíbrio, sendo o processo entropicamente dirigido, como indicado pelos valores positivos de ΔH° e TΔS°. A diferença dos parâmetros termodinâmicos obtidos pode ser explicada pelas abordagens distintas de cada técnica sobre o processo de interação. Na análise por EF, apenas a interação ocorrendo próxima aos resíduos de Trp da LF são consideradas. Já os resultados obtidos por RPS refletem as interações em diferentes sítios da proteína, não apenas próximo ao Trp. Conclusão: A formação do complexo LF-CMC foi confirmada por EF e RPS, sendo entropicamente dirigida devido, principalmente, aos processos de dessolvatação de ambas as moléculas.
Palavras-chave Complexo lactoferrina-carboximetilcelulose, fluorescência, ressonância plasmônica de superfície
Forma de apresentação..... Painel
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