Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10235

ISSN 2237-9045
Instituição Centro Universitário de Caratinga
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor LUSMAR MARIA SILVA
Orientador Lamara Laguardia Valente Rocha
Outros membros Patrícia da Silva Santos, Valéria Azevedo Rocha
Título Epidemiologia dos acidentes dos acidentes por animais peçonhentos no município de Imbé de Minas, Minas Gerais
Resumo Dada a sua frequência e gravidade, os acidentes por animais peçonhentos apresentam grande importância médica e sua ocorrência em geral está relacionada tanto a fatores climáticos quanto ao aumento da atividade humana nos trabalhos de campo. Desta forma o presente estudo buscou avaliar os casos de acidentes com animais peçonhentos notificados no município de Imbé de Minas, leste de Minas Gerais, para delinear o perfil epidemiológico e a situação das fichas de notificações. O estudo tratou-se de uma análise dos dados do Sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN), com base nas fichas de notificação de acidentes com animais peçonhentos no ano de 2017, obtidas na secretaria municipal de saúde do município. Analisou-se dados quanto ao perfil do acidentado, local da picada e espécies envolvidas, bem como o preenchimento dos campos. Foram notificados 28 casos de acidentes com animais peçonhentos, sendo 03 causados por serpentes, 01 por abelha, 06 por aranhas e 18 por escorpiões, dos quais apenas dois ocorreram em área urbana. A maior parte dos acidentes foram registrados nos meses compreendidos entre março e maio (43%), no entanto não houve relação entre o acidente e a atividade ocupacional. Cinquenta e três por cento dos indivíduos foram do sexo masculino. Do total de casos 47% tinham idade entre 25 – 49 anos. Quanto ao local de injúria, observou-se que 43% foram dedo da mão, 18% mão; 14% dedo do pé; perna (7%); antebraço (7%); braço (7%) e coxa (4%). Com relação as fichas de notificação, pode-se notar que, mesmo havendo um manual de orientação quanto ao preenchimento das mesmas no site do SINAN e a ficha sendo autoexplicativa, não existe uma padronização nos lançamentos das informações por parte daquele que a preenche - ora dados não são preenchidos, ora são lançados de maneira indevida ou ignorados no momento do atendimento ao acidentado. Dos casos registrados, os acidentes escorpiônicos e aracnídeos foram os mais expressivos, corroborando os dados epidemiológicos para o estado de Minas Gerais. Esses acidentes, devido a sua frequência e potencial de gravidade, tornam-se muito importantes principalmente em crianças. Embora os acidentes registrados tenham ocorrido entre a população adulta, a realização de ações de controle e de prevenção faz-se necessária, uma vez que os mesmos ocorreram em locais domiciliares e peridomiciliares, o que evidencia a vulnerabilidade a algum tipo de acidente com estes animais. Notificar corretamente os acidentes envolvendo animais peçonhentos é fundamental para o conhecimento da distribuição desses animais pelo território, bem como para o atendimento correto às vítimas uma vez que erros podem significar a não disponibilidade de soros específicos para cada tipo de acidente, ou mesmo a administração de soro inadequado. Diante do exposto investir na capacitação dos profissionais que se destinam a notificar os acidentes torna-se importante.
Palavras-chave Animais peçonhentos, Epidemiologia, Sistema de Informação em Saúde
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,65 segundos.