Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10228

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Karla Cristina Faria de Souza
Orientador MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO
Outros membros GUSTAVO BASTOS BRAGA
Título A vacinação como estratégia de enfrentamento ao vírus do papiloma humano.
Resumo De acordo com a OPAS (2016), o câncer do colo do útero se configura como uma das principais causas de óbito nas mulheres em âmbito mundial. A referida organização aponta que, dentre as infecções adquiridas através das relações sexuais desprotegidas, a do Vírus do Papiloma Humano (HPV) é a que apresenta maiores taxas de contaminação. No âmbito mundial, todo ano cerca de 266.000 mulheres morrem em decorrência do câncer do colo do útero, demonstrando a importância de programas organizados e efetivos de acesso a uma prevenção, como é o caso da vacinação. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo analisar a eficácia da cobertura vacinal contra o HPV em meninas, nos municípios do estado de Minas Gerais, no período de 2014 a 2015, examinando sua distribuição espacial. A metodologia se pautou na pesquisa quantitativa, a partir dos dados do Data-SUS, totalizando 853 observações, onde se buscou verificar a notificação, no período analisado. Durante o ano de 2014, a cobertura vacinal abrangeu meninas na faixa-etária de 9 a 14 anos; já, durante o ano de 2015, a cobertura vacinal foi notificada para meninas na faixa-etária de 9 a 12 anos. A escolha pela cobertura vacinal nos anos de 2014 e 2015, ocorreu devido à concretização dos dados nestes anos pelo Data-SUS, além de serem os mais atualizados disponíveis. Foi feito uso do Teste T para amostras pareadas, por meio do software PSPP, considerando um nível de significância de 5%, para avaliar se houve aumento ou diminuição da taxa de vacinação de um ano para o outro e se os municípios alcançaram a taxa de cobertura proposta pelo Ministério da Saúde, que corresponde a 80% do público alvo. Após a realização do teste estatístico foi utilizado o sistema de informação geográfica através do software QGIS, versão x, para a visualização espacial dos dados. Os resultados apontaram uma diminuição significativa na média da taxa de cobertura vacinal, entre 2014 e 2015, com p-valor 0,000. No ano de 2014, a média da cobertura foi de 78,47%, enquanto, em 2015, a média caiu para 53,75%. Já a média da cobertura referente aos anos 2014 e 2015 foi correspondente a 24,71%. Sendo assim, a média geral dos municípios não alcançou a taxa de cobertura de 80% do público alvo, apesentando também discrepâncias das coberturas vacinais entre os municípios. Constatou-se, pela análise espacial desse fenômeno, que não há uma distribuição concentrada em uma única região das situações mais significativas de quedas da taxa de cobertura vacinal; havendo, uma distribuição relativamente mista no estado. Nesse sentido, pode-se concluir sobre a necessidade de que as futuras campanhas de vacinação contra o HPV sejam acompanhadas de ações educativas, priorizando informações claras para o público alvo e seus responsáveis, respeitando as diferenças regionais e os fatores que influenciam na possibilidade da população ter acesso aos serviços direcionados para a promoção e prevenção.
Palavras-chave HPV, Prevenção, Vacinação.
Forma de apresentação..... Painel
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