Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10181

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Educação
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Camila Aparecida Carneiro Fernandes
Orientador ARTHUR MEUCCI
Outros membros BETHANIA MEDEIROS GEREMIAS
Título O olhar das idosas frequentadoras do Programa Municipal da Terceira Idade sobre a criação de uma Universidade Aberta à Terceira Idade na Universidade Federal de Viçosa.
Resumo O primeiro programa de inclusão dos idosos nas universidades surgiu na década de 1970, na França, idealizada pelo professor Pierre Vellas da Universidade de Toulouse 1. Ao analisar os efeitos do baby boom e o aumento da expectativa de vida, deduziram que no final do século XX haveria um grande contingente de pessoas que fariam parte da faixa etária da terceira idade (ROZENDO,2015). Segundo Eltz et al (2014), no Brasil os programas educativos como o descrito anteriormente são denominados como Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) e a principal característica delas é promover à seus estudantes uma educação - universitária ou multidisciplinar - que os emancipe e que contribua com um projeto de velhice saudável. De acordo com Cachioni et al (2015) esses programas desembarcaram no Brasil na década de 1980 e expandiram significativamente - em 2004 havia cerca de 200 Unatis. Objetiva-se com este trabalho expor a percepção de um grupo de cinco idosas frequentadoras do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI), com idade acima dos sessenta anos e Ensino Médio completo sobre a possibilidade da Universidade Federal de Viçosa (UFV) oferecer à população na faixa etária da terceira idade atividades e programas educacionais nos moldes das Unatis que outras instituições de ensino superior possuem. Também verificamos como as idosas percebem e reconhecem a Universidade em relação aos serviços que a instituição já ofereceu à elas e a seus familiares. A metodologia utilizada foi um grupo focal que aconteceu na sede do PMTI, no segundo semestre de 2017. A conversa foi gravada e transcrita. Optou-se por esta metodologia porque Bogdan e Biklen (1994) afirmam que as entrevistas em grupo podem fazer com que o entrevistador entenda melhor o universo dos sujeitos entrevistados uma vez que estes estimulam uns aos outros a falarem sobre o tema. De acordo com os relatos das entrevistadas, elas possuem vontade de participar de uma Unati e sentem-se confortáveis com a ideia de conviver com estudantes mais jovens. Acerca dos tipos de atividades que gostariam que houvesse neste tipo de universidade, destacaram as aulas de idiomas com foco na conversação, aulas sobre Geografia e Filosofia, além de visitas guiadas aos museus da instituição. Ao discorrerem sobre os benefícios que o PMTI, afirmam que enxergam o local como uma segunda casa e os outros participantes como sua família. Afirmaram que não encontram o afeto recebido lá em outros lugares que já frequentaram. Relataram sobre como a Unati deveria funcionar e que, quando perguntavam para alguém porque a UFV não oferecia cursos aos idosos, escutavam que era pela ausência de recursos financeiros. Diante do exposto, é possível inferir que na cidade de Viçosa existe a demanda por uma Unati mas que o seu perfil, para ter adesão dos estudantes, deve estar em consonância com as características que os mesmos consideram relevantes.
Palavras-chave Gerontologia educacional, Universidade Aberta à Terceira Idade, Ética na Educação.
Forma de apresentação..... Oral
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