Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10170

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ryan de Aguiar Souza
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Micaele Feitosa Araujo, WEYDER CRISTIANO SANTANA
Título Respostas defensivas de abelhas nativas frente a exposição à Apis mellifera
Resumo As abelhas são fundamentais na manutenção de espécies vegetais. No entanto, esses polinizadores são frequentemente confrontados com estressores bióticos ou abióticos, o que pode reduzir a população de indivíduos nas colônias. Nesse sentido, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o comportamento defensivo da abelha nativa, Partamona helleri (Hymenoptera: Apidae), e da africanizada, Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae), quando em situações de densidades populacionais variáveis entre ambas as espécies. Para isso foi realizado conjuntos de experimentos em potes plásticos de 0,5 L, onde P. helleri foram forçadas a enfrentar A. mellifera em diferentes densidades. A espécie africanizada foi fixada em quantidade inicial de 15 indivíduos, enquanto que a espécie nativa variava em 3, 6, 9, 12 ou 15 indivíduos. Um outro experimento foi realizado onde esses valores se invertiam e a densidade inicial de P. helleri foi fixada em 15 indivíduos Em ambos os experimentos, a espécie que teve sua densidade inicial variada, recebia o nome de espécie variante. Todos os conjuntos de experimentos foram conduzidos sob temperatura de 28 ºC, de modo a condicionar nas temperaturas próximas às que P. helleri enfrentariam em suas colônias. Os potes plásticos foram mantidos em BOD na ausência de luz, com temperatura e umidade controlada. A mortalidade foi avaliada cinco horas após o início do experimento. Os nossos resultados demonstram que não houve efeito da espécie variante (P = 0,65), no entanto, apresentou efeito da espécie avaliada (P < 0,001) e da proporção (P < 0.0001). Também obtivemos efeitos significativos para as interações entre espécie variante e espécie avaliada (P = 0,0245) e espécie avaliada e proporção (P < 0,0001). Por sua vez, para as interações entre espécie variante e proporção (P = 0,36) e a interação tripla (i.e., espécie variante, espécie avaliada e proporção) não obtivemos resultados significativos (P = 0,95). Nossos achados revelaram que a espécie nativa P. helleri, embora estivesse na sua zona térmica de conforto, apresentou alta mortalidade, mesmo quando estava em densidade inicial superior a de A. mellifera, indicando que as abelhas africanizadas apresentam melhor potencial competidor do qual a abelha nativa.
Palavras-chave competição interespecífica, A. mellifera, P.helleri
Forma de apresentação..... Painel
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