Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10164

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Tamara Braga dos Santos
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Eliana Boaventura Bernardes Moura Alves, Lauana Blenda Silva, Thaynara Pereira Albuquerque, Vicente Toledo Machado de Morais Júnior
Título Avaliação do inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa da 89ª Semana do Fazendeiro e do plantio de neutralização de carbono
Resumo O inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) é uma ferramenta que permite balizar práticas que possibilitam reduzir e neutralizar as emissões desses gases. Porém, a coleta de dados envolvida é onerosa e requer grande investimento de tempo e recursos. Assim, é fundamental aliar otimização na coleta e processamento dos dados ao plantio de árvores, como potencial prática de combate às alterações do clima. Assim, objetivou-se identificar oportunidades de melhoria no inventário de GEE oriundos da 89ª Semana do Fazendeiro em Viçosa, MG, bem como alternativas de melhoria no plantio de neutralização. O estudo foi realizado com dados históricos de emissões de GEE (de 2010 a 2017) oriundas do evento anual “Semana do Fazendeiro”, em Viçosa, MG. As emissões foram enquadradas em diretas, indiretas e outras emissões indiretas, compondo os escopos 1, 2 e 3, respectivamente. Para cada fonte, uma equação de regressão linear foi ajustada para avaliar a relação entre as variáveis x (dado de atividade, referente à produção da fonte emissora) e y (emissão em tCO2e, unidade padrão de emissões de GEE). A correlação de Pearson entre as variáveis também foi calculada. O plantio de neutralização, com 588 mudas de 16 espécies, foi realizado em dezembro de 2017 no Espaço Aberto de Eventos da UFV. Foram realizadas calagem com 50 g de calcário e adubação de base com 300 g de Super Fosfato Simples (18% P2O5), por cova, e adubação de cobertura com 150 g de NPK 20-0-20, por cova, após 30 dias. Ocorreu o monitoramento constante da área pela retirada da matocompetição e aplicação de isca formicida. A aferição das variáveis dendrométricas foi realizada aos 6 meses de idade. Entre as 9 equações ajustadas, 4 apresentaram coeficiente de determinação (R2) e correlação de Pearson (r) superiores a 0,9 (combustão móvel - escopos 1 e 2, efluentes e combustão estacionária - escopo 2). Ademais, a equação ajustada para resíduos sólidos também obteve r acima de 0,9. A fonte emissora que apresentou pior ajuste foi a energia elétrica, com R2=0,0005 e r=0,0224. A discrepância deve-se à presença de um outlier – ponto atípico fora da curva – representado pelo consumo referente ao ano de 2011. O plantio obteve 100% de sobrevivência aos 6 meses de idade, e incremento médio mensal volumétrico de 21,42 cm3. O desempenho verificado indica que as espécies encontraram condições satisfatórias para se estabelecer. As técnicas de plantio adotadas, aliadas ao monitoramento contínuo, contribuem para o aumento dos valores iniciais de sobrevivência, altura e diâmetro, favorecendo a melhoria na implantação do plantio. O ajuste de equações pode otimizar o processamento de dados em inventários de GEE. Para as fontes emissoras que apresentam alto R2 e r, recomenda-se utilizar a regressão na estimativa das emissões nas próximas edições do evento. As práticas realizadas no plantio de neutralização foram fundamentais na melhoria de desempenho das espécies, quando comparadas aos resultados dos anos anteriores.
Palavras-chave Mudanças climáticas, quantificação, otimização
Forma de apresentação..... Oral
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