Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10149

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Química
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Augusto Sergio Lino Gonçalves
Orientador ANA PAULA GUIMARAES
Outros membros Ellen Daiana Souza Ferro
Título Estudos por Modelagem Molecular de Potenciais Inibidores da Nucleosídeo Hidrolase de Bacillus anthracis
Resumo Os microrganismos tais como vírus, fungos e bactérias que são empregados como armas são classificados como agentes de guerra biológica. A utilização destes de forma intencional com a finalidade de disseminar doenças de potencial epidêmico objetivando agredir, incapacitar ou matar o inimigo não é uma prática recente, eles já foram utilizados a séculos. Destaca-se como um dos exemplos mais antigos encontrados na literatura o uso de fezes de animais em flechas fabricadas pelo homem de Neanderthal. o mesmo procedimento foi utilizado durante a guerra do Vietnã, quando uma estaca de madeira contaminada com fezes era distribuída com a ponta para fora do solo no caminho das tropas inimigas. Atualmente, o risco do uso de tais agentes tem sido muito preocupante. Com a utilização de armas químicas e os crescentes ataques terroristas, a possibilidade do emprego de agentes biológicos aumenta devido ao seu potencial de causar pânico em populações civis, além do baixo custo de produção. Dentre os agentes biológico de guerra destaca-se o Bacillus anthracis, uma bactéria Gram-positiva em forma de bastonete, encontrada em muitas partes do mundo que é capaz de produzir esporos quase indestrutíveis. Essa bactéria é causadora do antraz, uma doença altamente infecciosa que pode afetar humanos de três formas: cutânea, pulmonar ou gastrointestinal. Com o avanço do bioterrorismo, a produção do Bacillus anthracis pode ser intensificada, causando uma catástrofe mundial, uma vez que essa doença não tem cura. O tratamento baseia-se na administração de antibióticos, mas, com a evolução da tecnologia, o microorganismo pode ser geneticamente modificado tornando-se mais resistente aos tratamentos existentes. Sendo assim, é urgente a busca por novos fármacos para o tratamento dessa doença. No presente trabalho, propomos a enzima Nucleosídeo Hidrolase do Bacillus anthracis(BaNH) como alvo molecular para o planejamento de fármacos contra o antraz. Foram estudados, utilizando cálculos de energia de ancoramento molecular as interações de inibidores da NH, propostos por Masoumeh, no sítio ativo da BaNH. Os ancoramentos foram realizados com o programa Molegro Virtual Docker. As estruturas tridimensionais e as cargas desses compostos foram obtidas com o programa PC Spartan Pro. Os resultados dos cálculos das energias de ancoramento mostram uma boa correlação com os dados experimentais. Adicionalmente, verificou-se que o composto 4 apresenta maior estabilidade no sítio ativo da BaNH, sendo eleito como o mais promissor em relação aos demais compostos estudados. A boa correlação entre os dados teóricos e experimentais sugere que esses compostos podem ser potenciais inibidores da BaNH. Posteriormente, serão feitos estudos por dinâmica molecular desses compostos no sítio ativo da BaNH, objetivando uma maior compreensão do processo de inibição, ou seja do reconhecimento molecular.
Palavras-chave Ancoramento molecular, Bacillus anthracis, Nucleosídeo Hidrolase
Forma de apresentação..... Painel
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