Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10135

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Lucas Ferreira Paiva
Orientador CARLOS FRANKL SPERBER
Outros membros Frederico Fernandes Ferreira
Título Aulas ativas promovem maior aprendizagem no ensino de Ecologia Básica, mas sua superioridade não é universal
Resumo Este projeto é continuação de anos de esforço por um processo de ensino-aprendizagem mais efetivo, liderado pelo orientador dessa proposta, o Prof. Carlos Frankl Sperber, junto à disciplina BIO 131 – Ecologia Básica. Desde o ano de 2000, os professores do Setor de Ecologia do Departamento de Biologia Geral (DBG) da UFV inseriram nas aulas da disciplina, pedagogias de aprendizagem ativa e cooperativa. Esse trabalho comparou a aprendizagem imediata, durante uma aula, adquirida por 229 alunos divididos em 8 turmas, que receberam dois tipos de aula, ativa e expositiva, sobre dos assuntos do programa da disciplina. A aula expositiva consistiu em apresentação oral de slides pelo professor, sem estímulo à participação dos alunos. Na aula ativa os alunos foram divididos em grupos de quatro, tendo cada grupo acesso a um texto com estudo dirigido, contendo perguntas sobre o texto. O professor ministrou apenas um fechamento onde discutiu as respostas ao estudo dirigido. Cada turma original foi subdividida em dois, de forma a manter a proporção de alunos de cada curso. O experimento abrangeu dois assuntos do programa da disciplina, ministrados em aula expositiva ou ativa para cada turma. Assim, as turmas que tiveram a primeira aula no formato expositivo, tiveram a segunda no formato ativo, e vice-versa. Para mensurarmos a aprendizagem dos estudantes, aplicamos uma avaliação uma semana antes da primeira aula experimental e uma avaliação imediatamente ao final de cada aula experimental. As questões pré e pós foram equivalentes, possibilitando estimar a aprendizagem pela diferença de acertos pré vs. pós para cada questão, que foi nossa variável resposta. Utilizamos ANOVA com estudante como efeito aleatório, tipo de aula, questão e a interação entre esses termos como efeitos fixos. Amalgamamos níveis de questão com mesma resposta, através de análises de contraste a posteriori, chegando a 10 níveis. Para nenhum dos níveis a aula expositiva foi mais efetiva do que a aula ativa. Em sete níveis não houve diferença de efetividade entre os dois tipos de aula. Para três níveis de questão, a probabilidade de acerto foi maior pista estudantes que tiveram aula ativa do que aqueles que tiveram aula expositiva. Assim, verificamos que, quando houve efeito do tipo de aula, aulas ativas foram mais efetivas promoção do aprendizado imediato. Por outro lado, mostramos como a aprendizagem é condicionada pela sua avaliação, o que remete ao efeito transformador do observador, enfatizado na epistemologia de Humberto Maturana. Nossos resultados abrem novas discussões sobre a comparação de pedagogias de aula, evidenciando a interferência dos métodos observacionais na mensuração da aprendizagem.
Palavras-chave pedagogia ativa, comparação de pedagogias, observação da aprendizagem
Forma de apresentação..... Oral
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