Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10093

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Emerson Campos da Silveira
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Khalid Haddi, Nádylla Regis Xavier de Oliveira, Ryan de Aguiar Souza, Wilson Rodrigues Valbon
Título Respostas locomotoras de larvas de mosquito Aedes aegypti resistentes a piretroides mediante ao potencial ataque de predadores
Resumo A resistência a inseticidas, em alguns casos, além de não incorrer em desvantagens adaptativas, chega a conferir vantagens a outros desafios fisiológicos ou mesmo comportamentais. Portanto, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar como larvas de mosquito Aedes aegpyti (Diptera: Culicidae) resistentes a inseticidas piretroides se locomovem mediante a exposição aos percevejos predadores Buenoa tarsalis (Hemiptera: Notonectidae). Para isto, nós avaliamos a locomoção de larvas de quarto ínstar (L4) de duas populações de A. aegypti (i.e., suscetível e resistente à piretroide). Larvas eram individualizadas em placas de Petri (9 cm de diâmetro e 2 cm de altura) preenchidas com água destilada (a uma altura de 1 cm) e suas atividades locomotoras foram registradas por 10 min com uma câmera de dispositivo de carga acoplada (CCD) e transferida digitalmente para um computador equipado com software de rastreamento de vídeo. Foram realizadas 70 repetições para cada tratamento (i.e., larva suscetível e resistente). Nos bioensaios de predação, nós avaliamos o tempo gasto para que uma larva fosse capturada pelo predador B. tarsalis. Antes dos bioensaios, os percevejos B. tarsalis permaneceram em jejum por 24 h e foram transferidos individualmente para frasco de vidro contendo 100 mL de água destilada. Decorrido uma hora de aclimatação, foi oferecida uma larva (suscetível ou resistente) de A. aegypti. O parâmetro avaliado foi o tempo gasto para o predador capturar a presa (i.e., latência). Foram realizadas 10 repetições para cada tratamento (i.e., larvas suscetíveis e resistentes). Nossos resultados revelaram que o comportamento locomotor de larvas de A. aegypti é diferente (P = 0,020) entre as populações (i.e., suscetível e resistente a piretroide), com maior distância percorrida por larvas resistentes (880,4 ± 17,4 cm) quando comparada a larvas suscetíveis (811,1 ± 17,4 cm). No entanto, estas características distintas encontradas na locomoção das larvas não influenciaram o tempo de captura pelo percevejo B. tarsalis (P = 0,364). O percevejo aquático B. tarsalis é um predador ágil e ativo (i.e., explora a coluna d’água na procura por presa). Assim, apesar das larvas de mosquito resistentes a piretroide apresentarem uma maior movimentação, essa alteração no comportamento não confere vantagens antipredatórias quando expostas ao predador B. tarsalis.
Palavras-chave Comportamento locomotor, mosquitos, Notonectidae
Forma de apresentação..... Painel
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