Resumo |
O lambari-do-rabo-amarelo (Astyanax altiparanae) com ampla distribuição geográfica apresenta características favoráveis a sua produção em cativeiro, como o habito alimentar onívoro, reprodução natural em todas as estações do ano e alto rendimento de carcaça. Tais características vêm chamando a atenção de vários seguimentos da cadeia produtiva do pescado, levando esta espécie a destaque no panorama da aquicultura nacional. Entretanto, esta espécie é muito sensível ao manejo, sendo necessárias pesquisas no intuito de melhorar a resistência destes animais, quando em cativeiro. Portanto, com este estudo, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes relações de n3/n6 em dietas para lambaris-do-rabo-amarelo (Astyanax altiparanae). O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos (T1: 50% de óleo de linhaça, 25% de óleo de chia e 25% de óleo com alto oleico; T2: 25% de óleo de linhaça e 75% de óleo de milho; T3: 37,5% de óleo de linhaça, 12,5% de óleo de chia, 12,5% de óleo de alto oleico e 37,5% de óleo de milho; T4: 27,5% de óleo com alto oléico, 22,5% de óleo de milho e 50% de óleo de peixe e o T5: 7,125% de óleo de linhaça, 4,375% de óleo de chia, 2,375% de óleo de alto oléico, 7,125% de óleo de milho e 79% de gordura bovina) e 6 repetições. A. altiparane com peso médio de 4,0 + 0,5g foram distribuídos em 30 aquários com capacidade de 80L, contendo 50 litros de água, na densidade de 10 peixes por aquário. Os peixes foram alimentados manualmente, por um período de 60 dias, com as dietas-teste, três vezes ao dia (8h:00min, 12h:00min e 17h:00min) até a saciedade aparente. Ao final do experimento, todos os peixes de todas as unidades experimentais foram eutanaziados por meio de superdosagem de óleo de cravo (400 mg/L). Em seguida os animais foram pesados para avaliação do ganho de peso e eviscerados para cálculo do rendimento de carcaça, índices viscerossomatico, gonadossomático e hepatossomático, índice de gordura visceral e taxa de crescimento específico. Foram coletadas as carcaças dos peixes para as análises de composição corporal, sangue para as análises de glicose e lactato sanguíneos, fígado e músculo para as análises de estresse oxidativo. Foram observadas diferenças apenas para os indicadores de estresse oxidativo malondialdeído, superóxido dismutase e catalase, sendo que o os peixes do tratamento T4 (rico em ácidos graxos poliinsaturados e altamente insaturados) apresentaram os menores valores para esses indicadores. Conclui-se que, dietas ricas em ácidos graxos poliisaturados e altamente insaturados são eficientes na prevenção do estresse oxidativo de lambari-do-rabo-amarelo. |