Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10076

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Larissa Pereira Lourenço
Orientador SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Outros membros Aline Carare Candido, Francilene Maria Azevedo, Michele Lilian da Fonseca Barnabe, Thaís de Melo Pacheco
Título Relação entre a renda familiar com o tipo de amamentação de bebês atendidos pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC)
Resumo O leite materno deve ser o único alimento oferecido aos bebês durante os seis primeiros meses, pois estimula o vínculo mãe e filho, protege contra infecções e alergias, além de trazer benefícios econômicos. No Brasil, o gasto médio mensal com a compra de leite varia de 38% a 133% do salário-mínimo, dependendo da marca da fórmula infantil. O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre o tipo de amamentação e a renda familiar de mães atendidas por um programa de apoio a lactação. Trata-se de um estudo transversal, que avaliou 1570 mães e respectivos filhos, a partir de dados secundários dos prontuários do Programa de Apoio a Lactação (PROLAC), que é um projeto de extensão do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa, que atua em parceria com Hospital São Sebastião. Foram utilizados dados de mães atendidas no período de agosto de 2003 a dezembro de 2017, que foram processados no software SPSS versão 23.0. Para análise estatística, a renda foi categorizada em 2 grupos, maior ou menor igual a dois salários mínimos. O aleitamento materno foi classificado em aleitamento materno exclusivo e outros (aleitamento materno predominante; aleitamento materno misto; aleitamento artificial e aleitamento materno complementar), sendo avaliado no primeiro, quarto e sexto mês de vida da criança. A idade materna foi categorizada em adultas (≥ 20 anos) e adolescentes. Para caracterização da amostra utilizou-se frequências absolutas e relativas. Conduziu-se o teste Qui- quadrado de Pearson para verificar a possível associação entre a renda familiar e o tipo de aleitamento no primeiro, quarto e sexto mês de vida. Foram excluídas as mães com dados de renda, idade e trabalho materno ausentes ou que os filhos foram a óbito. O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi α=0,05. Da amostra avaliada, 50,2% eram crianças do sexo masculino, 44,8% das mães tinham vínculo empregatício, 74,7% eram adultas, 50,7% tinham renda familiar inferior a dois salários mínimos. Além disso, 58,6% das crianças mantiveram-se em aleitamento materno exclusivo até o primeiro mês de vida, sendo que do total avaliado inicialmente, 63,6% foram atendidas até o quarto mês e 50,8% destas estavam em aleitamento materno exclusivo, já no sexto mês, 49,9% da amostra foi avaliada e apenas 35,6% destas receberam aleitamento materno exclusivo até o sexto mês. Houve associação entre a renda familiar e o tipo de aleitamento no primeiro mês (p = 0,009), sendo que dentre as mães que tinha renda superior a dois salários mínimos, a prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 61,8%, superior as mães com renda menor igual a dois salários em que a prevalência foi de 55,4%. Não foram observadas associações significativas entre a renda e o aleitamento até o quarto e sexto mês e com as variáveis trabalho e idade materna. Portanto, a maior renda se associou a maior duração do aleitamento materno exclusivo.
Palavras-chave Renda, Fórmula Infantil, Aleitamento Materno
Forma de apresentação..... Oral
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