Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10065

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Igor Ribeiro do Couto Strongylis
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Edmar de Souza Tuelher, Wilson Rodrigues Valbon
Título Toxicidade de formulações inseticidas à base de Bacillus thuringiensis var. israelenses aos percevejos aquáticos
Resumo O ecossistema aquático é frequentemente perturbado por contaminantes de rejeitos urbanos e agrícolas. Esses por sua vez podem causar morte ou alterações comportamentais em organismos aquáticos, o que pode acarretar em desiquilíbrio do ecossistema. Dentre os organismos encontrados no ambiente aquático, os insetos correspondem a organismos modelo em estudos que buscam tanto a mensuração quanto a mitigação dos efeitos dos poluentes. Desta forma, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a toxicidade e potenciais efeitos subletais (na atividade predatória) de formulações inseticidas à base de toxinas de Bacillus thuringiensis var. israelenses (Bti) em ninfas de barata d’água Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae). Nós utilizamos nove toxinas das quais continham esporos e cristais de estirpes de Bti (i.e., UFT 1.31, 6.51, 124, 137 e 139) ou a combinação destas toxinas com proteínas recombinantes Cry11A, Cyt2Ba e Cry4Aa (i.e., UFT 1.31e, 124e, 137e, 139e). Nós expomos ninfas de segundo instar de B. anurum às toxinas por 24 h em frascos de vidro contendo 15 mL de solução toxina (concentração 0,1%). Estas ninfas eram expostas individualmente e decorrido o período de exposição, nós mensuramos as habilidades predatórias destes insetos com e sem recuperação (i.e., 24 e 96 h após a exposição às toxinas). Nos bioensaios de predação, cada ninfa era transferida para um frasco de vidro contendo 100 mL de água destilada com seis larvas de quarto instar (L4) de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). O número de larvas predadas foi avaliado em intervalos de 40 min durante as seis primeiras horas e, a cada avaliação, as larvas foram repostas à densidade inicial. Para cada toxina (i.e., tratamento) foram realizadas 10 repetições (i.e., ninfas de B. anurum). Os dados foram analisados utilizando ANOVA com medida repetida no tempo. Nossos resultados revelaram que as toxinas à base de Bti não comprometeram a habilidade predatória à B. anurum. Interessantemente, quando expostas às toxinas UFT 1.31 e UFT 124e no bioensaio de predação sem recuperação (i.e., 24 h após exposição), B. anurum consumiu um maior número de larvas de A. aegypti quando comparado ao controle (P < 0,05). Desta forma, as formulações inseticidas à base de Bti mostraram-se seguras e não comprometeram a habilidade predatória do organismo não-alvo, B. anurum, o que contribui para uso dessas formulações como ferramenta no manejo integrado de pragas agrícolas ou de insetos vetores de doenças.
Palavras-chave barata d’água, efeito subletal, Bti
Forma de apresentação..... Oral
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