Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10056

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Camilla Adriane de Paiva
Orientador ANA AUGUSTA PASSOS REZENDE
Outros membros Gabriel Henrique Soares Almeida, Samuel Soares Muniz
Título Compostagem de lodo biológico da indústria de papel reciclado como alternativa de tratamento e destinação de resíduos
Resumo As indústrias de celulose e papel e papel reciclado geram quantidades significativas de lodos, oriundos do tratamento de efluentes. Soluções são necessárias, a fim de garantir formas alternativas para o reaproveitamento do lodo, visando a destinação ambientalmente adequada e economicamente praticável. Nesse contexto, a compostagem surge como uma alternativa viável, e que permite a incorporação de outros resíduos em sua composição, sejam como materiais estruturantes ou fonte carbono ou nitrogênio.Este trabalho teve como objetivo tratar o lodo biológico proveniente do tratamento de efluentes de uma indústria de papel reciclado por meio da compostagem, e foi desenvolvido no Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFV. Durante o processo de compostagem, foram monitorados parâmetros de controle relacionados a técnica, tal como a influência da temperatura e umidade, e relação C:N. A qualidade do composto gerado foi avaliada para fins de sua aplicação no solo. As pilhas de compostagem foram construídas em formato cônico com parcelas de lodo úmido, lodo seco, e serragem de madeira como fonte de carbono e material estruturante. As dimensões médias iniciais das pilhas foram de 1,90 m de diâmetro e 0,70 m de altura. Os parâmetros físico-químicos analisados para caracterização do material da pilha e seus componentes foram: umidade, pH, Nitrogênio Total Kjeldahl, Carbono Orgânico Total compostável e sólidos voláteis. A medição da temperatura interna das pilhas, realizada no topo, centro e base, e o reviramento das mesmas, para aeração e controle da temperatura, foram realizados com frequência diária durante os 30 primeiros dias e depois de 5 em 5 dias nos últimos 30 dias. O experimento foi realizado durante 60 dias, tempo considerado suficiente para garantir o período termofílico da compostagem, em conformidade com a Resolução CONAMA nº 481 de 2017, adotada como referência para a avaliação da qualidade ambiental do processo. A eficiência do processo de compostagem foi verificada, por meio da análise da relação final C:N e a redução de sólidos voláteis ao longo do experimento. A relação C:N da composição de lodo bruto, lodo seco e serragem de madeira ao início do experimento foi de 23,3. Ao longo dos 30 primeiros dias de experimento, obteve-se temperatura máxima de 57ºC no centro da pilha e picos entre 40ºC a 50ºC, caracterizando a fase termofílica, onde ocorrem reações bioquímicas de oxidação mais intensas. Após esta fase, ocorre a etapa de maturação (fase mesofílica), com o processo de humificação do material orgânico e mineralização do carbono remanescente. A relação C:N final esperada é de 10:1, bem como uma redução média do teor inicial de sólidos voláteis de 40%. A compostagem para lodos industriais mostra ser uma alternativa de tratamento e reaproveitamento, simples e com alcance de bons resultados, dado os aspectos e resultados de operação favoráveis a técnica.
Palavras-chave Compostagem, lodo biológico, indústria de papel e papel reciclado
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,66 segundos.